São Paulo, terça-feira, 08 de junho de 2010 |
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PRESIDENTE 40 ELEIÇÕES 2010 Por aliança com PMDB, PT impõe acordo em Minas
Pimentel disputará Senado e diz não saber se continua na equipe de Dilma
RANIER BRAGON VALDO CRUZ DE BRASÍLIA O PT pagou ontem a última grande fatura pelo apoio nacional do PMDB a Dilma Rousseff (PT). As cúpulas dos dois partidos anunciaram o ex-ministro Hélio Costa (PMDB) como o candidato lulista ao governo de Minas. Adversário de Costa pela vaga e com o nome ligado a suspeitas de espionagem dentro da campanha nacional petista, o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel (PT) será candidato ao Senado e disse não saber se continua na equipe de Dilma, de quem é amigo. Desde maio, PT e PMDB já haviam acertado nos bastidores o anúncio de ontem. Peemedebistas diziam que outra solução colocaria em risco o apoio a Dilma. Embora dissesse duvidar da seriedade da ameaça, o PT não quis arriscar. Por isso enquadrou Pimentel para que ele abrisse mão da disputa. Apesar disso, o ex-prefeito manteve suspense seguindo roteiro traçado entre as siglas para não melindrar a militância petista mineira. "Faço questão de registrar a simbologia muito forte dessa aliança", festejou o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB), que deve ser oficializado no sábado, na convenção nacional do partido, vice na chapa de Dilma. "A unidade em Minas era um fator importante para a possibilidade de vitória", disse José Eduardo Dutra, presidente do do PT. Os dois partidos tentarão agora levar o ex-ministro Patrus Ananias para a vice de Costa. Para o PMDB, um vice de peso do PT é importante para garantir a adesão da militância à campanha. Amigos de Patrus dizem que ele resiste à ideia, e que por desejo pessoal não entraria na disputa. O ex-ministro, no entanto, cogita a hipótese desde que participem da decisão o presidente Lula e o vice José Alencar. A chapa terá como principal adversário o tucano Antonio Anastasia, apoiado pelo ex-governador mineiro Aécio Neves (PSDB). LONGE DE DILMA Questionado sobre sua permanência na coordenação nacional da campanha de Dilma, Pimentel disse que "é cedo" para falar e que a questão "será discutida". Oficialmente, o discurso de Pimentel e Dutra é que há dificuldade de dividir a coordenação nacional com uma candidatura ao Senado. Nos bastidores, pesa o fato de ter o nome envolvido na tentativa de montagem de uma "equipe de inteligência" na campanha petista. Dilma participou ontem diretamente das negociações sobre palanques regionais. Texto Anterior: Painel Próximo Texto: Derrotado, grupo vê intervenção e desmobilização da militância Índice |
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