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No Rio, material é distribuído nos escritórios
ITALO NOGUEIRA
CIRILO JUNIOR
DO RIO
Três escritórios políticos
de deputados federais do
Rio de Janeiro visitados pela
Folha funcionam como comitês de campanha, distribuindo folhetos e adesivos.
Alguns entregam o material
de forma deliberada, outros
são mais discretos.
No gabinete do deputado
Alexandre Cardoso (PSB),
no centro da cidade, havia
folhetos e adesivos sobre
uma mesa. Sem se identificar, a reportagem obteve
uma amostra do material,
distribuído a eleitores.
Num primeiro momento,
a atendente disse que existem restrições na legislação
para a entrega dos folhetos.
Depois, informou que o endereço é o ponto de distribuição do material de campanha do deputado, candidato à reeleição, na capital.
"Estamos há pouco tempo aqui. Mas a base dele
mesmo é em Caxias [na Baixada Fluminense]", declarou a secretária.
SANTINHOS
No escritório do deputado Arolde de Oliveira
(DEM), que também tenta
se reeleger, a movimentação em busca de material é
intensa. Enquanto a reportagem esteve no local, a recepcionista atendeu a diversos telefonemas com a
saudação padrão ("Arolde
de Oliveira 2502").
Até a entrada do escritório, não há qualquer menção ao congressista do Democratas. Lá dentro, o atendente ofereceu santinhos,
adesivos e um DVD sobre a
atuação do deputado -este
sem uma referência a sua
candidatura.
No escritório do deputado federal Jorge Bittar (PT),
uma atendente chegou a
mostrar certa dúvida sobre
a legalidade da distribuição
de material no local. "Mas
aqui é o escritório do deputado", disse inicialmente.
Em seguida, no entanto,
ela entregou à reportagem
da Folha folhetos da campanha, feitos de material reciclável.
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