São Paulo, sábado, 09 de julho de 2011

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José Dirceu alega inocência e diz que é vítima de "farsa"

Réus que tiveram prisão pedida pelo procurador-geral declaram inocência e afirmam que mensalão não existiu

Jefferson admite caixa 2 e diz que espera mesma punição de Dirceu, que chamou de "irmão siamês" no esquema

DE SÃO PAULO

Chamado de "chefe da quadrilha" do mensalão pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu voltou a declarar inocência e afirmou que o parecer final não trouxe provas.
"São meras ilações extraídas de sua interpretação peculiar sobre minha biografia", disse ele em seu blog. "Ao final desse doloroso processo, se imporá a Justiça e cairá por terra a farsa montada contra mim", completou.
Delator do esquema de compra de apoio político pelo governo Lula, o deputado cassado Roberto Jefferson afirmou ontem ter recebido caixa dois, mas negou participação no mensalão.
Em entrevista ao site do jornal "O Globo", disse esperar julgamento semelhante ao de Dirceu: "Meu advogado já disse: "Você e Dirceu são irmãos siameses. O que der para o Dirceu dá para você". Então, é isso: O que der para ele, dá para mim."
Jefferson disse que Gurgel agiu corretamente em pedir a absolvição de Luiz Gushiken e que há outros inocentes na ação, sem citar nomes.
A defesa de Marcos Valério, apontado como o operador do esquema, vai defender a tese de que o mensalão não existiu. "Foram ouvidas 600 testemunhas e nenhuma confirma a versão da acusação", disse o advogado Marcelo Leonardo.
Em seu blog, o deputado João Paulo Cunha (PT-SP) disse que não há nenhuma prova material ou testemunhal contra ele.
O Banco Rural, acusado pelo Ministério Público de simular empréstimos ao PT para encobrir movimentação de caixa dois, disse em nota que as acusações a seus executivos são equivocadas.
A instituição alega que os empréstimos ocorreram, foram feitos "de acordo com as práticas de mercado e as normas bancárias" e reconhecidos por perícia oficial que consta da ação penal.


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