São Paulo, quarta-feira, 09 de novembro de 2011

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FOCO

Deputada que acusa Agnelo é cria do clã de Joaquim Roriz

DANIELA LIMA
DE SÃO PAULO

Celina Leão, a deputada distrital que acusa o governador Agnelo Queiroz (PT) de receber propina de um lobista, entrou para a política do Distrito Federal pela porta do gabinete de Joaquim Roriz, ex-governador da capital e inimigo político do petista.
Ela foi secretária de Juventude na última gestão de Roriz, em 2006. Depois, foi chefe de gabinete de Jaqueline Roriz, filha do ex-governador, que foi deputada distrital na legislatura passada.
Pelas mãos da família Roriz, Celina se elegeu com menos de 8.000 votos no ano passado. Responde a inquérito no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) sob acusação de ameaçar cortar benefícios sociais de quem não votasse nela -sua assessoria diz não haver provas do suposto crime.
No site da deputada, o desenho de uma patinha de leão enfeita o nome de Celina. Na página, ela defende que a política deve ser pautada pela "ética cristã".
Hoje, Jaqueline é deputada federal. Ela e Celina, que antes se apresentavam como "amigas", não se falam mais.
O rompimento definitivo foi em março, quando Jaqueline quase foi cassada após aparecer em vídeo recebendo dinheiro das mãos de Durval Barbosa, o delegado que delatou o escândalo conhecido como mensalão do DEM e derrubou o ex-governador José Roberto Arruda.
O clã Roriz ficou ressentido com Celina, que não defendeu a ex-chefe e só falou sobre o escândalo para contestar acusação de que teria se beneficiado de esquema montado na administração de Samambaia, cidade satélite do DF e reduto dos Roriz.
Celina disse que as denúncias foram plantadas pelo PT em retaliação à sua postura com o governo de Agnelo.
Após o rompimento com o clã Roriz, a deputada distrital trocou o PMN, comandado por Jaqueline, pelo PSD.
Ela disse que precisava alçar voo próprio. Sua atuação é focada na oposição ao PT e marcada por confrontos com o líder do governo, deputado Chico Vigilante (PT.)


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