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Candidatos dizem que houve erro em registro
Luiza Eluf e Chico Santa Rita declaram ter mais dinheiro do que doaram a suas campanhas
DE SÃO PAULO
A procuradora de Justiça
Luiza Eluf, candidata a deputada federal pelo PV, disse
ontem que tem, sim, dinheiro suficiente para bancar sua
campanha e que isso não
consta de sua declaração de
bens por uma falha no registro da candidatura.
Explicação semelhante foi
dada pelo publicitário Chico
Santa Rita, também candidato a federal pelo PV.
A Folha revelou que dez
candidatos a deputado de
São Paulo tiraram do próprio
bolso para bancar suas campanhas mais do que declaram ter em dinheiro.
A lista foi obtida a partir do
cruzamento dos dados das
prestações de contas parciais, divulgadas nesta semana, com as declarações de
bens dos candidatos que estão no site do TSE (Tribunal
Superior Eleitoral).
Luiza Eluf doou R$ 21 mil.
Na base de dados do TSE
aparece que ela tem um patrimônio total de R$ 1,2 milhão, mas nenhum dinheiro
disponível em aplicações financeiras, contas bancárias
ou em espécie.
"Tenho recursos para fazer
a doação. Tenho até mais do
que isso. Não constou a disponibilidade em dinheiro
por uma falha. Eu pedi para
apurar o que ocorreu e estou
pedindo para corrigir."
Segundo ela, a doação foi
feita dentro do limite permitido pela Lei Eleitoral, que é de
10% do rendimento bruto
anual do candidato.
Chico Santa Rita disse que
sua declaração de bens, onde
consta todo seu patrimônio e
sua disponibilidade financeira, não foi registrada no
TSE por uma falha do PV ou
do próprio tribunal.
Ele doou R$ 13,8 mil à sua
própria campanha. O TSE informava, ainda ontem, que
ele não havia declarado nenhum bem.
"Eu tenho uma história
que não pode ser manchada
por um erro que não é meu",
afirmou o publicitário.
Já o empresário Guilherme
Mussi, também candidato
pelo PV, afirmou que vendeu
uma cota de participação em
um imóvel na zona sul de São
Paulo e que, com parte desse
dinheiro, está bancando as
despesas de sua campanha.
A parte do imóvel foi avaliada por ele em R$ 1 milhão.
Mussi doou R$ 110 mil do
próprio bolso. Ele declarou
patrimônio de R$ 1,1 milhão,
mas apenas R$ 2.400 em dinheiro disponível.
Carlos Sampaio (PSDB)
afirmou que os R$ 200 mil
que aparecem na prestação
de contas como sendo doação própria se referem a um
empréstimo feito por seu pai.
Luciano Zica (PV) disse ter
feito um empréstimo e vendido um imóvel para colocar
R$ 155 mil em sua campanha.
Eduardo Palhares (PV)
afirmou ter feito retiradas de
suas empresas que resultaram na doação do próprio
bolso de R$ 182 mil.
José Avelino Pereira, o Chinelo (PSB), Ricardo Leite
(PSC), Unaldo Santos (PSB) e
Liberato Caldeira (PP) não foram localizados.
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