São Paulo, terça-feira, 11 de janeiro de 2011

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PT usou tema para desgastar os adversários

DE SÃO PAULO

A acusação de que o PSDB é privatizante desgastou a imagem dos candidatos tucanos à Presidência Geraldo Alckmin, em 2006, e José Serra, em 2010.
Na campanha de Dilma Rousseff, o PT alegou que Serra era favorável à privatização do pré-sal apoiando-se numa declaração de David Zylbersztajn, ex-diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo na era FHC, em que ele pedia a manutenção do modelo de concessões adotado pelos tucanos.
Serra também foi criticado por ter privatizado estatais quando era ministro do Planejamento e de ter vendido a Nossa Caixa em sua gestão no governo paulista.
Serra se defendeu acusando Dilma de ter privatizado a exploração do petróleo. Mas não deu certo.
Quatro anos antes, Lula acusara Alckmin de preparar a venda da Petrobras, Banco do Brasil e CEF. O tucano não conseguiu dar uma resposta convincente: elogiou as privatizações da Telebrás, Vale, Embraer e CSN, mas negou a intenção de vender mais estatais -chegou a vestir uma jaqueta com os logotipos das empresas. Não teve êxito.
Após a vitória de Lula, o marqueteiro João Santana disse que "o fato é que adversário teve a oportunidade de responder, mas não o fez. Tivesse ele uma resposta pronta, objetiva, o impacto teria sido reduzido".
A grande surpresa é que, em 2010, a privatização voltou a ser usada -mais uma vez no segundo turno da campanha. Santana disse que não estava "muito apaixonado pela ideia de utilizá-lo outra vez", mas havia consenso na cúpula da campanha de Dilma de que o tema ainda estava vivo.
Após a campanha, muitos dirigentes tucanos (como Fernando Henrique Cardoso e Aécio Neves) e intelectuais ligados ao PSDB (como Gustavo Franco) criticaram aberta ou veladamente Serra por não ter defendido as privatizações.


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