São Paulo, sábado, 11 de junho de 2011 |
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FHC e Serra dizem que Cesare Battisti deveria ser extraditado Governo italiano anunciou que vai levar caso ao Tribunal de Haia DANIELA LIMA DE SÃO PAULO O ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso disse ontem discordar da decisão de manter no Brasil o ex-ativista italiano Cesare Battisti. Na última quarta-feira, o STF(Supremo Tribunal Federal) validou a decisão do ex-presidente Lula de negar a extradição do italiano e mandou soltar Battisti, que estava preso no país desde 2007. "Eu não discuto decisão do Supremo. Mas, se eu fosse presidente, teria discordado", afirmou FHC. A declaração foi dada antes de jantar, na capital paulista, em comemoração de seus 80 anos. O ex-governador José Serra, que foi ao evento, também condenou a posição brasileira. "Um homem que assassinou quatro pessoas, condenado pela Justiça italiana, um país democrático, tinha que ter devolvido. Agora o país pode virar um paraíso de delinquentes como ele", disse Serra. Ministros do STF que participaram da votação também comentaram o tema. Marco Aurélio Mello disse que ficou "um pouco perplexo" com as declarações do governo italiano, que pretende questionar a decisão do Brasil na Corte Internacional de Justiça, em Haia, na Holanda. "O acolhimento de um estrangeiro é um ato de soberania", afirmou o ministro, também no jantar de aniversário de FHC. Marco Aurélio votou contra a extradição. CONSEQUÊNCIAS Voto vencido no STF, o ministro Gilmar Mendes reafirmou sua posição. "O Supremo saiu diminuído. Imagino que isso terá consequências no futuro", disse. Mendes também criticou a corte que integra por ter aceitado a decisão de Lula, mesmo tendo, antes, recomendado a extradição de Battisti. "Se é para isso, melhor que o STF perca a competência de falar sobre extradição." Texto Anterior: Frase Próximo Texto: Juiz manda prender primeira-dama e vice de Campinas Índice | Comunicar Erros |
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