São Paulo, sábado, 12 de março de 2011

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Desde 2008, 82 prefeitos já perderam os mandatos

Cassações são principal motivo para mudanças nas prefeituras

Minas e Piauí lideram cassações; 19 prefeitos foram mortos e outros 13 saíram do cargo para disputar eleição de 2010

FELIPE LUCHETE
DE BELÉM

Dos prefeitos eleitos em 2008 em todo o país, pelo menos 127 não estão mais à frente da administração de suas cidades, segundo levantamento elaborado pela CNM (Confederação Nacional dos Municípios).
A maior parte deles não saiu por vontade própria: 82 foram cassados, a maioria por descumprimento à legislação eleitoral ou improbidade administrativa.
Foi o que aconteceu em 18 municípios mineiros e em dez cidades do Piauí, Estados que lideraram cassações. Apenas três Estados não apareceram na lista.
A CNM disse que a pesquisa foi encerrada no dia 22 de fevereiro. A análise não inclui, por exemplo, a cassação do prefeito de Linhares (ES), na semana passada.
O levantamento foi feito com base em dados da Justiça Eleitoral, de associações estaduais de municípios e de informações passadas por prefeituras, de acordo com a confederação.

CRIMES
Minas Gerais foi o Estado com mais afastamentos (23). Em termos proporcionais, o principal Estado foi o Acre (13,6%). O país tem mais de 5.500 municípios.
Além dos cassados, 19 prefeitos morreram durante o mandato nos últimos dois anos. Entre eles, está o prefeito de Jandira (SP), Walderi Braz Paschoalin (PSDB), assassinado a tiros em dezembro passado.
Também foram mortos outros três prefeitos, dos municípios de São Sebastião do Maranhão (MG), Barbosa Ferraz (PR) e Rio Branco do Sul (RS).
Três se afastaram alegando motivos de saúde e quatro renunciaram ao mandato.
Já 13 quiseram sair para se candidatar a outros cargos nas eleições de 2010, como fizeram os ex-prefeitos de Goiânia (GO), Teresina (PI) e Porto Alegre (RS).
O prefeito de Dourados (MS) deixou o comando da cidade após um escândalo de corrupção que atingiu ainda o vice-prefeito e o presidente da Câmara.
Em fevereiro deste ano, os eleitores da cidade tiveram de voltar às urnas.
Quando a Justiça Eleitoral declara uma eleição nula, ocorre um novo pleito se o resultado do primeiro colocado atingir mais da metade dos votos.
Em 2011, 12 eleições suplementares foram programadas no país pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Quatro ainda devem ocorrer entre abril e maio.


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