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Sob pressão tucana, Alckmin intensifica campanha em SP
Às vésperas da convenção que oficializará o seu nome, ex-governador participa de 12 eventos em nove cidades
Convenção do PSDB no Estado deverá reunir cerca de 7.000 pessoas; partido calcula que ato vai custar R$ 180 mil
FÁBIO ZAMBELI
DE BRASÍLIA
Pressionado pela cúpula
do PSDB, o pré-candidato tucano ao governo de São Paulo, Geraldo Alckmin, mudou
o rumo de sua campanha às
vésperas da convenção que o
colocará amanhã oficialmente na corrida pelo Palácio dos
Bandeirantes.
Depois de refugiar-se em
Pindamonhangaba com familiares no feriado de Corpus
Christi, na última semana o
ex-governador resolveu sair
às ruas: participou de 12
eventos em nove cidades, roteiro que contradiz sua trajetória desde 8 de maio, quando lançou a candidatura.
No mês passado, Alckmin
optou pela discrição, com
agenda enxuta -nove municípios foram contemplados.
Agora, passou a utilizar
um jato para suas viagens,
com as despesas custeadas
pelo partido -que não informa o gasto. A maratona teve
seu auge ontem, quando sua
comitiva aterrissou na região
de Presidente Prudente.
A guinada na estratégia
ocorre após o recrudescimento das queixas do pré-candidato José Serra (PSDB),
que cobrou empenho do aliado contra o que seus interlocutores chamam de "propaganda do PT no Estado".
Além de orientar a direção
do PSDB a turbinar o estafe
alckmista, Serra, que governou São Paulo até abril, recomendou a Aloysio Nunes
Ferreira (pré-candidato ao
Senado) que corresse o interior para rebater as críticas
da oposição ao seu governo.
"É um trabalho de preparação do partido, de ouvir o
que o adversário está dizendo, de sondagem de terreno e
de esquentamento de motores", diz o ex-secretário da
Casa Civil de Serra.
O PSDB gastará R$ 180 mil
na convenção de amanhã,
que reunirá 7.000 pessoas na
Assembleia Legislativa.
Será montado um palco no
hall monumental do Palácio
Nove de Julho, onde discursarão a partir das 12h os presidentes de cinco partidos da
coligação (DEM, PMDB, PPS,
PHS e PSC), além dos pré-candidatos ao Senado (Orestes Quércia e Aloysio Nunes),
a governador e a vice (Guilherme Afif Domingos).
O PMN, outro integrante
da aliança, fará sua convenção num hotel central.
Serra, cuja candidatura será homologada hoje, em Salvador (BA), também deve
discursar. Será instalado um
telão com tecnologia LED, no
qual serão veiculados vídeos
elaborados pela produtora
GW, dos jornalistas Luiz Gonzalez e Woile Guimarães.
O comando da campanha
desdenha as deserções de
prefeitos de legendas da
aliança, anunciadas pelos
petistas: "Se eles estão festejando as dissidências, não
perdem por esperar. Nós teremos mais em nosso favor",
disse o coordenador tucano
Sidney Beraldo. Para ele,
Alckmin se recolheu na pré-campanha por causa da lei.
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