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Estabilidade em pesquisa é comemorada
Por motivos diferentes, adversários veem aspectos bons no levantamento Datafolha
DE SÃO PAULO
DE BRASÍLIA
O quadro de estabilidade
na eleição presidencial apresentado pela pesquisa Datafolha dos dias 8 e 9 foi comemorado internamente, por
razões diferentes, por petistas, tucanos e verdes.
A pesquisa aponta que Dilma Rousseff (PT) permaneceu com 50% das intenções
de voto. José Serra (PSDB) oscilou negativamente um
ponto, passando de 28% para 27%. Marina Silva (PV) oscilou positivamente de 10%
para 11%.
O quadro permanece estável desde o fim de agosto,
quando Dilma, que vinha em
curva ascendente, parou de
crescer. A margem de erro é
de dois pontos percentuais
para mais ou para menos.
O PT comemora a pesquisa
porque o escândalo da quebra de sigilos fiscais de pessoas ligadas ao PSDB e a Serra não atingiu as intenções
de voto de sua candidata.
"Toda a baixaria do Serra
não o fez subir nem um ponto
sequer", disse José Eduardo
Dutra, presidente do PT e
coordenador da campanha.
"Parece que a situação se
consolidou. O povo separa o
joio do trigo e desmoraliza a
campanha de baixo nível de
Serra contra Lula, o governo
e as conquistas do povo brasileiro", disse Candido Vaccarezza, líder do governo na
Câmara dos Deputados.
Entre os tucanos, a leitura
é que a queda de popularidade de Dilma entre os eleitores
de maior escolaridade pode
se transferir nas próximas semanas para as camadas de
menor escolaridade -e de
maior número de eleitores.
A petista caiu cinco pontos
em uma semana entre os
mais escolarizados -tem
agora 37%. Quem mais cresceu no segmento foi Marina.
Para os tucanos, não importa se quem cresce é Marina ou Serra, o importante é
derrubar as intenções de voto de Dilma para haver segundo turno.
A candidata do PV também cresceu oito pontos entre os eleitores que ganham
de 5 a 10 salários mínimos.
Mas aí quem caiu foi Serra.
Eduardo Jorge, vice-presidente nacional do PSDB, disse que Dilma só manteve os
50% de intenções de voto
porque o escândalo da Receita Federal "é um problema
difícil de compreender".
Jorge aposta que o novo
escândalo que envolve a ministra-chefe da Casa Civil,
Erenice Guerra, afetará a
candidatura de Dilma.
Para os partidários de Marina, a pesquisa aponta que o
chamado voto útil -quando
o eleitor escolhe quem tem
mais chance de ganhar a eleição- pode não ocorrer.
"Os eleitores estão se convencendo de que o importante é votar em quem acreditam
no primeiro turno", disse Marina, após se reunir com aliados em São Paulo.
A senadora afirmou que os
brasileiros não precisam votar "por gratidão", numa referência à transferência da
popularidade presidencial
para Dilma.
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