São Paulo, domingo, 12 de setembro de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Estabilidade em pesquisa é comemorada

Por motivos diferentes, adversários veem aspectos bons no levantamento Datafolha

DE SÃO PAULO
DE BRASÍLIA

O quadro de estabilidade na eleição presidencial apresentado pela pesquisa Datafolha dos dias 8 e 9 foi comemorado internamente, por razões diferentes, por petistas, tucanos e verdes.
A pesquisa aponta que Dilma Rousseff (PT) permaneceu com 50% das intenções de voto. José Serra (PSDB) oscilou negativamente um ponto, passando de 28% para 27%. Marina Silva (PV) oscilou positivamente de 10% para 11%.
O quadro permanece estável desde o fim de agosto, quando Dilma, que vinha em curva ascendente, parou de crescer. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
O PT comemora a pesquisa porque o escândalo da quebra de sigilos fiscais de pessoas ligadas ao PSDB e a Serra não atingiu as intenções de voto de sua candidata.
"Toda a baixaria do Serra não o fez subir nem um ponto sequer", disse José Eduardo Dutra, presidente do PT e coordenador da campanha.
"Parece que a situação se consolidou. O povo separa o joio do trigo e desmoraliza a campanha de baixo nível de Serra contra Lula, o governo e as conquistas do povo brasileiro", disse Candido Vaccarezza, líder do governo na Câmara dos Deputados.
Entre os tucanos, a leitura é que a queda de popularidade de Dilma entre os eleitores de maior escolaridade pode se transferir nas próximas semanas para as camadas de menor escolaridade -e de maior número de eleitores.
A petista caiu cinco pontos em uma semana entre os mais escolarizados -tem agora 37%. Quem mais cresceu no segmento foi Marina.
Para os tucanos, não importa se quem cresce é Marina ou Serra, o importante é derrubar as intenções de voto de Dilma para haver segundo turno.
A candidata do PV também cresceu oito pontos entre os eleitores que ganham de 5 a 10 salários mínimos. Mas aí quem caiu foi Serra.
Eduardo Jorge, vice-presidente nacional do PSDB, disse que Dilma só manteve os 50% de intenções de voto porque o escândalo da Receita Federal "é um problema difícil de compreender".
Jorge aposta que o novo escândalo que envolve a ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, afetará a candidatura de Dilma.
Para os partidários de Marina, a pesquisa aponta que o chamado voto útil -quando o eleitor escolhe quem tem mais chance de ganhar a eleição- pode não ocorrer.
"Os eleitores estão se convencendo de que o importante é votar em quem acreditam no primeiro turno", disse Marina, após se reunir com aliados em São Paulo.
A senadora afirmou que os brasileiros não precisam votar "por gratidão", numa referência à transferência da popularidade presidencial para Dilma.


Texto Anterior: Situação de Maia e Maciel assusta o DEM
Próximo Texto: Frases
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.