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Dilma quer usar máquina eleitoral de Cabral
Campanha da candidata deve reeditar tática do governador reeleito, que teve mais votos que a petista no Estado
Peemedebista planeja realizar megarreunião com prefeitos para turbinar agenda de rua da candidata no Rio
PLÍNIO FRAGA
DO RIO
A campanha de Dilma
Rousseff (PT) quer aproveitar
a máquina eleitoral do governador Sérgio Cabral (PMDB)
no segundo turno da disputa
presidencial para tentar crescer no terceiro maior colégio
do país, o Rio de Janeiro, com
11, 6 milhões de eleitores.
Além do governador reeleito, estão sendo mobilizados senadores, deputados e
prefeitos para tentar alavancar a candidatura de Dilma
no Estado -a petista teve 3,7
milhões de votos, cerca de 1,5
milhão a menos que Cabral.
É esse patrimônio que a
petista vai buscar conquistar
agora no segundo turno.
Segundo pesquisa Datafolha realizada na sexta-feira,
Dilma tem 48% dos votos
contra 41% do tucano José
Serra. Mas, na região Sudeste, o candidato do PSDB alcança 44%, com a candidata
do PT ficando em 41%.
VOTOS DE MARINA
Ganhar votos do Sudeste
que foram direcionados à
candidata do PV à Presidência, Marina Silva, é uma das
prioridades da equipe de
campanha de Dilma.
O governador Cabral vai
realizar megarreunião com
prefeitos- diz ter o apoio formal ou informal de 91 dos 92
do Estado- e colocar o coordenador de sua campanha
no Rio -Wilson Carlos, ex-secretário de Governo- para
organizar agendas de rua.
A experiência começou a
ser utilizada na semana passada, em carreata na região
metropolitana do Rio.
A mobilização significa,
além de maior agenda de rua
para Dilma no Estado, visitas
a segmentos específicos de lideranças bem votadas em 3
de outubro -nomes como os
senadores eleitos Marcelo
Crivella (PRB) e Lindberg Farias (PT). Crivella mantém
contatos com grupos ligados
aos evangélicos, e Lindberg
concentra-se no eleitorado
da Baixada Fluminense, no
qual tem maior força.
O candidato derrotado do
PV ao governo do Rio de Janeiro, Fernando Gabeira,
que obteve 1,6 milhão de votos, já declarou seu apoio ao
tucano José Serra.
Os tucanos fizeram uma
carreata na orla, depois do
primeiro turno, atividade
mais relevante da campanha
no segundo turno até aqui.
QUEIXAS
Nas reuniões com o presidente Lula e a cúpula da
campanha petista na semana passada, houve muita reclamação da falta de interlocução dos Estados com os
coordenadores nacionais.
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