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Kassab adia plano para fusão do DEM com PMDB ou PP
Prefeito de SP foi aconselhado por Jorge Bornhausen
a esperar 3 meses e tentar tomar o controle da legenda
Prevaleceu o argumento em almoço de que vale mais ter o comando de partido pronto do que ser incorporado a outro
CATIA SEABRA
DE SÃO PAULO
O prefeito de São Paulo,
Gilberto Kassab, e aliados
traçaram ontem uma estratégia para ocupação do comando do DEM -hoje presidido
pelo deputado Rodrigo Maia
(RJ)- num último ato antes
de sua dissolução ou fusão.
Até ontem, Kassab defendia uma rápida decisão sobre
o futuro do partido, de preferência em fusão com PMDB
ou PP. Mas, aconselhado pelo ex-senador Jorge Bornhausen, aceitou engavetar em
até três meses esse projeto.
Fracassada a tentativa de
assumir o controle do DEM
ou diante do risco de esvaziamento do partido, retomam o
projeto de fusão.
Num almoço na casa de
Kassab, prevaleceu o argumento de que mais vale o comando de um partido pronto
do que ser incorporado por
outra sigla. E que, mesmo para coordenar um processo de
fusão, é preciso estar à frente
do partido.
O grupo fixou a meta à
convocação de eleições internas. A ideia é reproduzir os
resultados das urnas no comando do partido, delegando poder a Kassab, Bornhausen, Agripino Maia (RN), Kátia Abreu (TO) e Demóstenes
Torres (GO).
A convocação das eleições
dependerá, no entanto, da
Executiva do partido, palco
do embate entre o grupo de
Kassab e o de Rodrigo.
Um dos participantes do
almoço, Bornhausen já defendeu publicamente a concentração de poder na mão
de Kassab. Ontem, reafirmou
a tese. "Temos que revitalizar
o partido", acrescentou ele, à
saída do encontro.
Bornhausen não descarta
a hipótese de fusão com
PMDB e PP, hoje na base governista. "Não refugo nada."
Segundo democratas, o
prefeito de São Paulo duvida
da recuperação do DEM e
aposta na fusão.
Desde a semana passada,
Kassab consulta aliados sobre a hipótese de filiação ao
PMDB, que poderia ser rebatizado de MDB.
A filiação do prefeito ao
PMDB de São Paulo seria um
passaporte para que viesse a
concorrer ao governo do Estado em 2014. Ele poderia até
contar com o apoio do PT,
que sonha com o fim da hegemonia tucana.
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