São Paulo, quarta-feira, 13 de julho de 2011

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Novo ministro quer "ajustes", mas elogia o trabalho de Pagot

Paulo Passos afirma que mudanças nos Transportes serão decididas em conversa com a presidente Dilma

Alterações, segundo o ministro, irão incluir troca de funcionários e novo modelo para a contratação de obras

SOFIA FERNANDES
DE BRASÍLIA

Em sua primeira entrevista depois de efetivado como ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos anunciou ontem que ajustes serão feitos no setor, incluindo trocas de funcionários e mudança na forma de contratar obras.
"Queremos pessoas certas nos lugares certos, com competência, experiência e honorabilidade." Mas não excluiu dessa categoria o diretor do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), Luiz Antonio Pagot. Ele foi afastado do cargo pelo Planalto, mas tem dito que está de férias.
"Até este momento ele tem se revelado profissional responsável, dedicado às tarefas que dizem respeito ao Dnit e não tenho, neste momento, nenhum registro que possa depor contra sua pessoa", afirmou Passos.
Sobre a decisão de manter Pagot no cargo e a troca de outros servidores, Passos disse que tudo depende da presidente Dilma Rousseff, com quem quer sentar e conversar nos próximos dias.
As mudanças cogitadas por Passos contemplam a redução de aditivos de preço nos contratos -instrumento que dá margem a superfaturamento em obras.
Passos disse que estuda a adoção do modelo de empreitada global nos projetos, que em tese "praticamente anula os aditivos". Esse modelo impõe um preço fechado e exige projetos com todas as especificações das obras.
Ele afirmou que já discute licitar obras a partir de projetos executivos, e não tendo como base projetos básicos, como hoje. Os projetos executivos têm mais detalhes sobre a obra, o que evitaria reavaliações de preços, afirmou.
"Com o projeto executivo feito num ambiente competitivo, certamente as obras sairão pelo preço mais justo."
Passos disse não ter se sentido deixado de lado pelo PR, ao qual é filiado desde 2006: "Acredito que, ao ter sido nomeado pela presidente ao cargo efetivo, vou trabalhar naturalmente prestigiando o partido e sendo prestigiado".
Ele negou contudo que vá ceder cargos ao partido.


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