São Paulo, segunda-feira, 14 de março de 2011 |
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Alckmin intervém para conter adesão a partido de Kassab A pedido do DEM, governador tucano atua para tentar evitar que deputados e prefeitos sigam cacique no PDB A 2 dias da convenção, a cúpula democrata já avalia que dissidência aberta pelo prefeito será menor que a prevista VERA MAGALHÃES DE SÃO PAULO O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, foi acionado pela cúpula do DEM para ajudar a conter a debandada do partido no Estado. O prefeito da capital, Gilberto Kassab, comunicará até amanhã sua decisão de deixar o partido, mas abrirá uma dissidência menor que a prevista inicialmente. O apelo para que Alckmin agisse de forma mais incisiva para segurar prefeitos, deputados e vereadores no DEM foi feito há 15 dias e reforçado semana passada pelo líder na Câmara, ACM Neto (BA). O deputado disse a Alckmin que sua intervenção seria útil, por exemplo, para segurar os deputados Junji Abe, Eli Correa Filho e Walter Ioshi, que é suplente. O tucano se comprometeu a atuar junto a eles e aos prefeitos do interior, onde tem grande influência. O DEM governa 70 cidades paulistas. Além de Kassab, a mais importante provável dissidência é a prefeita de Ribeirão Preto, Dárcy Vera, que deve acompanhá-lo na criação do PDB (Partido da Democracia Brasileira). A cúpula do DEM estima de seis a oito baixas na bancada de 46 deputados federais. No Senado não deve haver defecções imediatas -propensa a sair, Katia Abreu (TO) deve ficar por ora. Uma vez definida sua saída, Kassab pedirá o registro provisório da nova sigla ainda até o fim do mês. Depois, terá de cumprir uma série de exigências burocráticas para obter o registro definitivo. A proposta de alojar aliados do prefeito na nova Executiva do DEM, que será eleita amanhã, cairá por terra uma vez confirmada a desfiliação do grupo. Com isso, serão abertos espaços para acomodar os que ficarem. O grupo do ex-senador Jorge Bornhausen ficará com os três postos mais importantes depois da presidência. O ex-vice-presidente da República Marco Maciel (PE) presidirá o conselho político, o deputado Marcos Montes (MG) será secretário-geral, e o ex-deputado Saulo Queiroz permanecerá tesoureiro. DISTENSÕES "Todos os partidos têm distensões, mas o DEM tem unidade de ideias", diz o futuro presidente da sigla, senador José Agripino (RN), numa tentativa de minimizar a crise causada por Kassab. O prefeito decidiu criar o PDB para, no futuro, fundi-lo ao PSB. Com isso, busca espaço para disputar o governo de São Paulo em 2014. Fora Kassab, os políticos de maior expressão que devem desembarcar no novo partido são o governador do Amazonas, Omar Aziz (PMN), e o vice-governador da Bahia, Otto Alencar (PP). O DEM deve ingressar no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com uma consulta sobre se a criação de um partido para posterior fusão a outro fere a fidelidade partidária -pela qual os parlamentares que trocam de sigla perdem o mandato para a legenda que abandonaram. Texto Anterior: Técnico ligado ao PMDB assume órgão que audita fundos de pensão Próximo Texto: Quem deve seguir Kassab no PDB Índice | Comunicar Erros |
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