São Paulo, quinta-feira, 14 de abril de 2011

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Kassab funda PSD com promessa de apoio a Dilma

Em ato em Brasília, prefeito de SP diz esperar que DEM, ex-sigla, "seja feliz"

Nova legenda nasce com 30 deputados federais, dois senadores, um governador e cinco vice-governadores


Alan Marques/Folhapress
Prefeito de SP, Gilberto Kassab, entre parlamentares, no lançamento do PSD

CATIA SEABRA
DE BRASÍLIA

Com a benção do governo federal e forte patrocínio do PMDB, o prefeito Gilberto Kassab assinou ontem a ata de fundação do PSD (Partido Social Democrático) prometendo "ajudar" a presidente Dilma Rousseff.
"Estamos à disposição para ajudá-la. Queremos que seu governo dê certo. É importante para o Brasil", discursou Kassab, afilhado político do ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB).
O PSD nasce com 30 deputados federais e dois senadores (15 deles saídos da oposição), um governador (Omar Aziz, do Amazonas) e cinco vice-governadores (entre eles o de São Paulo, Guilherme Afif Domingues).
A filiação deles só será consumada com a criação oficial do partido. Mas, com esse tamanho, o PSD já teria a oitava bancada da Câmara, à frente de siglas como o PDT e o PTB e apenas quatro deputados atrás do PSB.
A criação do novo partido provoca sangria no DEM, que, ao perder nove deputados passará de 43 para 34. "Quero que o DEM seja feliz e encontre seu caminho", disse ontem Kassab.
Entre tucanos, o maior abalo foi provocado pela filiação de Afif. Ontem, o vice de Geraldo Alckmin admitiu que pode concorrer à prefeitura de São Paulo ano que vem, provavelmente contra um candidato do PSDB. Ele falou da relação com os tucanos: "O DEM é satélite do PSDB. O PSD, não."
Pela manhã, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (RR), levou à Câmara um político do Maranhão para se filiar ao PSD. Horas depois, o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), também prestigiou a criação do partido.
Kassab também se reuniu com o presidente do Senado, José Sarney (MA), e falou ao telefone com a governadora Roseana Sarney (PMDB-MA).


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