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Portal Terra nega acusação de que atua ilegalmente no Brasil
Abert afirma que a empresa está desrespeitando a Constituição
DE SÃO PAULO
O portal Terra negou que
atue ilegalmente no país,
burlando a legislação que limita o capital estrangeiro em
empresas de comunicação.
A Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e
Televisão) e a ANJ (Associação Nacional de Jornais)
apontam indícios de que o
Terra e o jornal "Brasil Econômico" são controlados,
respectivamente, pela espanhola Telefónica e pelo grupo português Ongoing.
As duas entidades ingressaram com uma representação na Procuradoria-Geral da
República em que relatam a
suposta irregularidade.
De acordo com a ANJ e a
Abert, o controle estrangeiro
desrespeita o artigo 222 da
Constituição, que limita a
30% o capital estrangeiro em
empresas de comunicação e
reserva a brasileiros natos
(ou naturalizados há mais de
dez anos) a responsabilidade
administrativa e editorial.
Em entrevista concedida
ao portal Comunique-se, o
diretor-geral do Terra, Paulo
Castro, afirmou que essa restrição prevista na lei se limita
a empresas de radiodifusão e
impresso: "Estamos de acordo com a Constituição".
Na entrevista, o diretor do
Terra afirmou que cabe ao
Congresso ampliar o conceito da lei para que os portais
jornalísticos também sejam
afetados pela regra.
Procurada pela Folha, a
Abert reiterou sua posição de
que empresas de capital estrangeiro como o Terra
atuam irregularmente.
Ao Comunique-se, o diretor da ANJ, Ricardo Pedreira,
rebateu a alegação do Terra:
"Na nossa visão, o artigo 222
abrange todas as empresas
de conteúdo jornalístico. É
muito claro, a Constituição
diz respeito a empresas que
fazem jornalismo", disse.
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