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PRESIDENTE 40 ELEIÇÕES 2010
1 em cada 8 candidaturas tem problema
Procuradorias impugnaram pelo menos 2.308 registros em 23 Estados mais o DF, de cerca de 17,6 mil pedidos
Ao menos 220 pedidos para impedir políticos de disputar as eleições foram feitos com base na Lei da Ficha Limpa
DE SÃO PAULO
DE MANAUS
DE CURITIBA
DO RIO
Os Ministérios Públicos
Eleitorais de 23 Estados mais
o Distrito Federal protocolaram, até ontem à noite, 2.308
ações de impugnação para
tentar barrar candidaturas
nestas eleições.
Nesses Estados, houve cerca de 17,6 mil pedidos de registro de candidatura, o que
significa que 1 em cada 8
apresentou algum tipo de
problema -a impugnação é
uma contestação durante o
desenvolvimento do processo de registro das candidaturas, que pode ser acolhida ou
não pela Justiça Eleitoral.
Somente em Alagoas, foram 383 impugnações -87%
dos 438 pedidos de candidatura feitos à Justiça.
Em Minas Gerais, a Procuradoria Regional Eleitoral
impugnou 614 candidaturas,
um aumento de cerca de
440% em relação a 2006,
quando houve 113 ações.
De acordo com as Procuradorias de 20 das 24 unidades
da Federação, ao menos 220
das impugnações foram motivadas por descumprimento
da Lei da Ficha Limpa, que
prevê a inelegibilidade de
quem tenha condenação colegiada (emitida por mais de
um juiz) ou que tenha renunciado para evitar a cassação
-os TREs de Minas, Mato
Grosso e Bahia ainda não haviam feito essa triagem.
A maior parte das impugnações foi proposta por falta
de documentação.
Entre os impugnados por
suspeita de "ficha-suja", estão os ex-governadores Ivo
Cassol (PP-RO), Marcelo Miranda (PMDB-TO), Neudo
Campos (PP-RR) e Anthony
Garotinho (PR-RJ), o ex-senador Expedito Júnior (PSDB-RO), o senador Heráclito Fortes (DEM-PI) e Paulo César
Quartiero (DEM-RR), ex-líder
arrozeiro na terra indígena
Raposa/Serra do Sol.
Os advogados dos políticos afirmam que eles têm direito de disputar as eleições e
devem recorrer.
Também há condenados
por homicídio, estelionato e
tráfico de entorpecentes.
Esses TREs terão agora até
o dia 5 de agosto para decidir
sobre as impugnações.
Em São Paulo, o Ministério
Público não analisou os pedidos de inscrição dos candidatos porque o TRE não havia publicado oficialmente a
lista dos pedidos de registro.
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