São Paulo, domingo, 14 de agosto de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

OUTRO LADO

Sócio diz que dinheiro é "achado de Deus", e Conab nega irregularidade

DO ENVIADO A BELO HORIZONTE

Um dos sócios da Commerce Comércio de Grãos, Ivanilson de Carvalho Rufino, disse que os R$ 6,5 milhões recebidos do Ministério da Agricultura foram "um achado de Deus", obtidos pelos méritos da empresa, "com luta, com trabalho".
"Faço negócios com eles [irmãos Stein Pena], só negócios", disse à Folha. "Quem dera [ser laranja]. Eles são ricos, eu sou pobre."
Rufino se recusou a dar detalhes sobre a Commerce.
Questionado se ele era dono ou apenas funcionário da empresa, respondeu: "Isso não é da sua conta".
O contato com Rufino foi feito por telefone. Antes, a Folha tentou localizá-lo em casa, na periferia de Belo Horizonte, mas ele não estava.
Sua irmã disse que o irmão trabalha há dez anos em um grupo de empresas de grãos. Segundo ela, Rufino atua como "gerente de transportes".
Márcio Pinho também negou ser laranja, mas estava na Spasso Empreendimentos, empresa dos irmãos Stein Pena, quando atendeu a reportagem, por telefone.
""Aqui não exerço função nenhuma, não. Vim aqui para ver coisa comercial."
O superintendente de Operações Comerciais da Conab, João Paulo de Moraes Filho, disse que a Commerce executou os serviços.
Ele afirmou que os requisitos para uma empresa participar do leilão são que ela esteja "legalmente constituída" e sem restrições nos cadastros de inadimplência e de fornecedores do governo.
Contatados desde terça-feira, os irmãos Stein não responderam até a conclusão desta edição. (BC)


Texto Anterior: Agricultura pagou R$ 6,5 mi a empresa em nome de laranjas
Próximo Texto: Turismo foi avisado sobre investigação do TCU há 4 meses
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.