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PT vê "desagregação" e age para recompor campanha em Minas
DE BRASÍLIA
A avaliação interna de que
há risco de derrota no dia 31 e
a constatação de "desagregação" da campanha em Minas
Gerais, segundo maior colégio eleitoral do país, criaram
um clima de tensão na equipe de Dilma Rousseff (PT).
Segundo um assessor, o
principal erro foi não ter elaborado um plano B para o segundo turno, graças à "confiança exagerada" na vitória.
A tensão no QG dilmista
aumentou no fim de semana,
quando o Datafolha divulgou pesquisa indicando redução de 12 para 7 pontos entre Dilma e José Serra.
A prioridade é reestruturar
a campanha em Minas, onde
a situação é considerada
"grave". O presidente Lula
desembarca sábado no Estado para encontrar prefeitos.
"Minas merece nossa atenção não só pelo tamanho e
peso eleitoral, mas pelo fato
de que houve uma certa desagregação das nossas lideranças", disse o presidente
do PT, José Eduardo Dutra.
O PT estuda pedir investigação do Ministério Público
sobre a acusação de que o ex-diretor de Engenharia da
Dersa (estatal paulista responsável pelas estradas)
Paulo Vieira de Souza teria
desviado R$ 4 milhões da
campanha tucana, publicada pela revista "IstoÉ".
Exonerado da Dersa em
abril, o engenheiro cobrou
solidariedade dos tucanos,
em entrevista à Folha. "De
repente o Serra, que não o conhecia, passa a defendê-lo",
disse Dutra.
(VALDO CRUZ, RANIER BRAGON e NATUZA NERY)
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