São Paulo, quinta-feira, 14 de outubro de 2010 |
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Toda Mídia NELSON DE SÁ - nelsonsa@uol.com.br Ordem e desordem
A mesma foto do presidente chileno, o conservador
Sebastián Piñera, abraçando o mineiro Florencio
Ávalos ocupou a capa de jornais ao redor do mundo,
ontem. E a mesma transmissão ao vivo, também com
ambos, ocupou as televisões. Segundo a BBC, "a foto
e o vídeo da saída dos mineiros" foram distribuídos
"exclusivamente pelo governo chileno, via fotógrafo e
TV oficiais". Ainda assim, em locuções na CNN, por
exemplo, que se dedicou integralmente à cobertura,
sobraram elogios às imagens. Isolado, o "New York Times" arriscou breve restrição. Por outro lado, no relato da agência France Presse, a "desordem da mídia desfigurou a alegria da família" de Ávalos, "tomada subitamente de horror quando centenas de jornalistas pisotearam sua barraca", logo depois que ele deixou a mina. "Repórteres puxaram os cabelos, deram socos e quase nocautearam outros repórteres, quebrando móveis e derrubando a tenda. Finalmente, a turba midiática se dispersou." Poucas horas depois, outro mineiro, Mario Sepúlveda, dizia aos jornalistas: "A única coisa que peço à mídia é que não nos trate como artistas".
//QUEM É O PRÓXIMO? Escrevendo no site Foreign Policy, ligado ao "Washington Post", o presidente da consultoria de segurança para corporações Eurasia, o americano Ian Bremmer, se questionou, já no título: "Depois do quase golpe do Equador, quem é o próximo?". Ele avalia que, "como os militares equatorianos se mantiveram fiéis, o golpe rapidamente fracassou e os conspiradores foram presos". Mas alerta que o episódio mostra como a crise econômica "exacerba o descontentamento com regimes em instabilidade política". Nada que preocupe Brasil e outros "emergentes-chave", mas Bremmer sugere ficar atento para Venezuela e Cuba. O Paraguai não foi mencionado, mas os jornais do país tratavam ontem dos "rumores de golpe". Frente Bric Índia e África do Sul entraram para o Conselho de Segurança da ONU, temporariamente, com a cobertura sublinhando que se unem a Brasil e China. No destaque do Foreign Policy, o órgão "acaba de ficar bem mais complicado para o governo Obama".
Oportunidade O inglês
"Telegraph" deu editorial
saudando a "oportunidade
para os emergentes mostrarem que podem tornar o Conselho mais relevante" hoje. E
o francês Le Monde" defendeu em editorial as aspirações de Índia, Brasil e África
do Sul por reforma. Leia mais, pela manhã, em www.todamidia.folha.blog.uol.com.br Texto Anterior: Tiririca é o mais votado nos presídios de SP Próximo Texto: Pela 1ª vez, TSE valida votos de ficha-suja Índice | Comunicar Erros |
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