São Paulo, quarta-feira, 15 de setembro de 2010

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Serra leva à TV fala em que Dirceu chama Dilma de "companheira de armas"

Tucanos afirmam que intenção foi ligar a petista a série de escândalos na Casa Civil

DE SÃO PAULO
DE SALVADOR

Ainda que de forma velada, o programa eleitoral de José Serra na TV fez ontem à noite, pela primeira vez na campanha, uma menção à participação de Dilma Rousseff (PT) em grupos da luta armada contra a ditadura.
A peça exibiu trecho de discurso em que o ex-ministro José Dirceu chama Dilma de "camarada de armas".
O comando da campanha de Serra alega que a intenção foi associar Dilma aos escândalos da Casa Civil e diz que não vai explorar a atuação da adversária na guerrilha, apesar da pressão de aliados, especialmente do DEM.
Segundo tucanos, o próprio Serra se opõe à abordagem explícita do tema. Embora a estratégia seja mostrar que Dilma omite páginas de seu passado, o assunto, diz o comando da campanha, ficará fora do programa.
Desde a semana passada, aliados de Serra têm cobrado um tom mais agressivo na propaganda. Uma oposição mais vigorosa foi defendida pelo presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), numa reunião com senadores.
No final do programa de ontem, ao abordar a crise envolvendo Erenice Guerra e a ligação da ministra com Dilma, uma narração em off diz que "nos últimos anos, a Casa Civil foi palco de escândalos e mais escândalos".
Depois de mencionar que Dirceu, "membro do mensalão", "passou o cargo para Dilma", entra imagem do petista na cerimônia de troca de comando, em 2005: "Senhora Dilma Rousseff, ministra-chefe da Casa Civil da Presidência da República, minha camarada de armas", diz ele.

"EXCESSO DE LIBERDADE"
Além de ter sido levado ao programa do PSDB, Dirceu protagonizou outro episódio da campanha ontem.
O PT da Bahia divulgou nota sobre palestra dada por Dirceu, na noite de segunda, em Salvador, na qual o petista fala em "excesso de liberdade e do direito de expressão e da imprensa". Depois, o partido recuou do teor da nota. O presidente do PT-BA, Jonas Paulo, atribuiu a frase a um "equívoco da assessoria de imprensa". (CATIA SEABRA, FABIO VICTOR e MATHEUS MAGENTA)


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