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PSDB assedia congressistas aliados de Lula
Cúpula da campanha tem investido em políticos do PMDB e do PR e mapeou país para contatar os mais votados
Para Aloysio Nunes, senador eleito por SP e um dos articuladores, "disputa é dura e todo apoio é importante"
CATIA SEABRA
DE SÃO PAULO
O comando da campanha
do candidato tucano à Presidência, José Serra, busca
atrair congressistas de aliança do governo Lula para ampliar sua base de apoio no segundo turno.
Discutida em reunião, a
estratégia é recorrer aos governadores eleitos para abrir
interlocução com parlamentares de partidos que compõem a sustentação do governo federal.
Além das investidas no
PMDB -como o encontro
com o ex-prefeito de Porto
Alegre José Fogaça-, o PR
está na mira do tucanato.
Após mapear o país, a cúpula da campanha tem procurado parlamentares mais
votados em cada Estado, como o ex-governador Anthony Garotinho (PR-RJ).
O ex-governador Lúcio Alcântara (PR-CE) também é alvo do assédio. O comando da
campanha tucana elegeu
aliados de Lula que saíram
arranhados de disputas contra os governistas nos Estados -como o PMDB do Rio
Grande do Sul e da Bahia.
"Será uma disputa dura.
Todo apoio é importante",
afirmou o senador eleito por
São Paulo Aloysio Nunes Ferreira, hoje um dos principais
articuladores da campanha.
DESCENTRALIZAÇÃO
Contando com só duas semanas para tentar reverter o
cenário eleitoral, o comando
da campanha de Serra optou
pela descentralização de material no segundo turno.
Além da gravação de mensagens específicas -com veiculação em carros de som- e
da produção de cadernos
destinados a cada Estado, a
própria confecção de material foi regionalizada.
Para que o material fique
pronto ainda nesta semana,
foram contratadas gráficas
em diferentes regiões, sendo
uma na Paraíba e outra no
Rio Grande do Sul.
Foi pedido ainda a Serra
que prepare a agenda com
mais antecedência. "No segundo turno, não dá tempo
de errar", disse Jorge Bornhausen (DEM-SC), da coordenação da campanha.
Coordenador da campanha tucana, o senador Sérgio
Guerra (PSDB-PE) afirmou
que Dilma Rousseff (PT) "está com a imagem arranhada"
e que há uma "conspiração"
do PT. "Caminhamos para a
vitória e esse pessoal não está disposto a aceitar isso."
Guerra voltou a reclamar
de uso da máquina pública
pelos rivais e disse que a Polícia Federal está sendo "operada e pressionada" para retardar a conclusão das investigações sobre a ex-ministra
Erenice Guerra (Casa Civil).
Ele criticou ainda a fala de
Lula, segundo quem "Deus
fez a vingança" contra oposicionistas barrados nas urnas.
"Ele parte para o enfrentamento com Deus porque se
considera um deus", disse.
Colaborou SILVIO NAVARRO , de São Paulo
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