São Paulo, sexta-feira, 15 de outubro de 2010

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PSDB assedia congressistas aliados de Lula

Cúpula da campanha tem investido em políticos do PMDB e do PR e mapeou país para contatar os mais votados

Para Aloysio Nunes, senador eleito por SP e um dos articuladores, "disputa é dura e todo apoio é importante"

CATIA SEABRA
DE SÃO PAULO

O comando da campanha do candidato tucano à Presidência, José Serra, busca atrair congressistas de aliança do governo Lula para ampliar sua base de apoio no segundo turno.
Discutida em reunião, a estratégia é recorrer aos governadores eleitos para abrir interlocução com parlamentares de partidos que compõem a sustentação do governo federal.
Além das investidas no PMDB -como o encontro com o ex-prefeito de Porto Alegre José Fogaça-, o PR está na mira do tucanato.
Após mapear o país, a cúpula da campanha tem procurado parlamentares mais votados em cada Estado, como o ex-governador Anthony Garotinho (PR-RJ).
O ex-governador Lúcio Alcântara (PR-CE) também é alvo do assédio. O comando da campanha tucana elegeu aliados de Lula que saíram arranhados de disputas contra os governistas nos Estados -como o PMDB do Rio Grande do Sul e da Bahia.
"Será uma disputa dura.
Todo apoio é importante", afirmou o senador eleito por São Paulo Aloysio Nunes Ferreira, hoje um dos principais articuladores da campanha.

DESCENTRALIZAÇÃO
Contando com só duas semanas para tentar reverter o cenário eleitoral, o comando da campanha de Serra optou pela descentralização de material no segundo turno.
Além da gravação de mensagens específicas -com veiculação em carros de som- e da produção de cadernos destinados a cada Estado, a própria confecção de material foi regionalizada.
Para que o material fique pronto ainda nesta semana, foram contratadas gráficas em diferentes regiões, sendo uma na Paraíba e outra no Rio Grande do Sul.
Foi pedido ainda a Serra que prepare a agenda com mais antecedência. "No segundo turno, não dá tempo de errar", disse Jorge Bornhausen (DEM-SC), da coordenação da campanha.
Coordenador da campanha tucana, o senador Sérgio Guerra (PSDB-PE) afirmou que Dilma Rousseff (PT) "está com a imagem arranhada" e que há uma "conspiração" do PT. "Caminhamos para a vitória e esse pessoal não está disposto a aceitar isso."
Guerra voltou a reclamar de uso da máquina pública pelos rivais e disse que a Polícia Federal está sendo "operada e pressionada" para retardar a conclusão das investigações sobre a ex-ministra Erenice Guerra (Casa Civil).
Ele criticou ainda a fala de Lula, segundo quem "Deus fez a vingança" contra oposicionistas barrados nas urnas. "Ele parte para o enfrentamento com Deus porque se considera um deus", disse.


Colaborou SILVIO NAVARRO , de São Paulo


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