São Paulo, quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros No governo, Ciro deve ter "cautela verbal", diz Temer Dilma deve confirmar hoje a participação do deputado em sua equipe como ministro de Integração Nacional Vice-presidente eleito renuncia à presidência da Câmara hoje, e até 31 de dezembro exercerá o cargo de deputado DE BRASÍLIA A presidente eleita, Dilma Rousseff, deve acertar hoje com o PSB a participação do deputado Ciro Gomes (PSB-CE) em sua equipe. Apesar de ter manifestado preferência pelo Ministério da Saúde, ele deve ser nomeado para a Integração Nacional, pasta que já ocupou na gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com isso, Fernando Bezerra Coelho, ligado ao governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), deve ser convidado para assumir a futura Secretaria de Portos e Aeroportos. Essa pasta será uma fusão da atual secretaria com a que a presidente eleita iria criar para gerenciar o setor de aviação civil do país. Ontem, já se antecipando à definição sobre Ciro Gomes, o vice-presidente eleito, Michel Temer (PMDB-SP), afirmou que o deputado do PSB deverá ter "cautelas verbais" se for confirmado no ministério do novo governo. Temer fez a ressalva de que a decisão de indicar Ciro é exclusiva de Dilma. "É uma escolha da presidente. Evidente que a partir de agora ele vai tomar as cautelas verbais que o cargo dele exigirá em face, especialmente, da Presidência e da Vice-Presidência", afirmou Michel Temer. CONVITE Ciro Gomes já havia sido convidado por Dilma para fazer parte do ministério. Na primeira conversa, Dilma chegou a sugerir que ele voltasse à Integração Nacional. Ciro, porém, fez chegar à equipe de transição sua preferência pela Saúde. Ontem, o governador reeleito do Ceará, Cid Gomes (PSB), minimizou as declarações dadas pelo irmão durante a campanha eleitoral, em que ele afirmou que Dilma era "inexperiente". Na mesma ocasião, Ciro atacou o PMDB. Chegou a chamar Temer, presidente do partido, de "chefe" de "ajuntamento de assaltantes". Nesse caso, o governador reeleito diz que houve, de fato, "exagero" e que acredita que Ciro possa admitir isso. "Com o PMDB eu acho que ele exagerou. Às vezes a gente tem um momento de cabeça quente e acaba fazendo uma declaração para além da conta. Eu acho que ele exagerou. Não sei [se ele reconhece]. Eu imagino, pelo que eu conheço dele, que um dia ele vai [reconhecer]", disse o governador. Segundo Cid, ainda ontem o irmão deveria ligar para a presidente eleita para parabenizá-la por seu aniversário. Nessa conversa, poderia ser oficializado como ministro do futuro governo. RENÚNCIA Temer confirmou que deve renunciar à presidência da Câmara hoje. Ele exercerá o cargo de deputado, no entanto, até o dia 31 de dezembro, véspera de quando assume o posto de vice-presidente da República. Em seu lugar, assume o petista Marco Maia (RS), que cumprirá o mandato do peemedebista até 31 de janeiro. Temer fará um discurso de despedida hoje, por volta das 16h. Ele também deve se licenciar do cargo de presidente do partido, dando lugar ao senador Valdir Raupp (RO). (MARIA CLARA CABRAL, BRENO COSTA, MÁRCIO FALCÃO e VALDO CRUZ) Texto Anterior: Flerte com Kassab reduz espaço do PMDB no governo Próximo Texto: Frases Índice | Comunicar Erros

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