São Paulo, domingo, 16 de janeiro de 2011

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Todas as mulheres da presidente

A chegada de uma mulher ao Planalto forçou ajustes no poder. A cabine do avião, por exemplo, terá uma nova placa: "Presidenta da República". No entorno de Dilma, há mulheres em diferentes funções

ANA FLOR
EM BRASÍLIA

Desde o início de janeiro, o Aerolula passa por uma adaptação para se transformar em Aerodilma.
Além da placa na entrada da suíte presidencial ser trocada para que se leia "presidenta da República", a cabine vem sendo adequada para acomodar novas frequentadoras da aeronave. As mulheres da presidente são familiares, assessoras, ajudantes e até um grupo especial de comissárias de bordo.
A chegada de Dilma ao Planalto trouxe ao poder e ao entorno dele um grupo de mulheres de confiança que gravitam em torno dela.
Algumas são mais conhecidas, como a mãe, Dilma Jane, 86, que se mudou de Belo Horizonte para Brasília para viver no Palácio da Alvorada, e Paula, 34, única filha, que desfilou com a mãe no Rolls Royce durante a posse.
Outras delas são anônimas, como a capitã de fragata da Marinha Ester Homsani, a primeira mulher a chefiar os Ajudantes de Ordens da Presidência do país.
Ester, formada em jornalismo, coordena outras três mulheres, e também homens, que são a sombra de Dilma no Brasil e no exterior.
Elas passam a noite na residência oficial para atender a qualquer pedido da presidente. Atendem e fazem telefonemas, ajudam na organização da mala e de objetos pessoais e só não escolhem a roupa que a petista irá usar porque a presidente não abre mão dessa tarefa.
Todos os presidentes tiveram ajudantes de ordens, mas a chegada de uma mulher ao cargo obrigou a Segurança Institucional a reforçar o time feminino.
Antes de chegar à Presidência e aos auxiliares das Forças Armadas, Dilma já tinha um grupo de mulheres de confiança. Duas delas são Cleonice Maria Campos Dorneles, a Cléo, e Marly Ponce Branco. Elas se revezavam em viagens e em Brasília.
Chegavam à residência de Dilma antes mesmo dos assessores que há mais de uma década acompanham a hoje presidente. Entre as tarefas estava organizar a casa para jantares, levar a roupa para a costureira e comprar livros.
Foram elas que, em dezembro, escolheram os móveis infantis que chegaram à Granja do Torto para atender Gabriel, neto da presidente.
Uma mulher na Presidência também pautou as atenções para a roupa que Dilma usaria na posse. Acabou colocando sob os holofotes a estilista gaúcha Luísa Stadtlander, que há mais de dez anos convive com a petista.
Dilma não alcançou a meta de um terço dos 37 ministérios sob a batuta feminina -são nove as ministras, entre as quais Helena Chagas (Comunicação Social), Miriam Belchior (Planejamento) e Tereza Campello (Desenvolvimento Social).
Mas a presidente forçou uma adaptação -desde o Palácio do Planalto até o avião presidencial- às mulheres no poder.


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