São Paulo, quinta-feira, 16 de setembro de 2010

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RIO DE JANEIRO

Picciani e Lindberg se aliam para isolar Crivella

Peemedebista quer carona em subida de petista, que espera obter mais apoio material

ITALO NOGUEIRA
DO RIO

Um café da manhã na casa do governador Sérgio Cabral Filho (PMDB), no Leblon, zona sul do Rio, selou aliança entre Jorge Picciani (PMDB) e Lindberg Farias (PT), candidatos ao Senado da mesma coligação, mas que se ignoravam na campanha.
O grupo peemedebista tenta carona na arrancada do petista, que ultrapassou Cesar Maia (DEM) nas pesquisas e está empatado tecnicamente com Marcelo Crivella (PRB), líder da disputa.
Já o petista busca auxílio material para a campanha e a capilaridade de Picciani no interior -ele tem o apoio de mais de 70 dos 92 prefeitos do Estado e de candidatos em todos os municípios. A intenção é estimular o voto casado -este ano, os eleitores votam em dois senadores.
Os dois mantinham divergência desde a pré-campanha, em discussão por tempo de TV. O petista também atribuiu a Picciani denúncias contra sua gestão na Prefeitura de Nova Iguaçu.
Na campanha, os dois tinham relação protocolar nas poucas agendas conjuntas.
O acordo prevê confecção de material conjunto, gravação de depoimento de apoio mútuo e corpo a corpo lado a lado. As inserções de Cabral em cada um dos programas falarão o nome dos dois.
"A gente se conheceu melhor pessoalmente hoje. [As divergências] ficam para os historiadores", disse Picciani. Cabral marcou a reunião para as 7h30 em sua casa, mas apareceu na sala apenas 40 minutos após a chegada dos candidatos para forçar o diálogo entre os dois.
"O PMDB tem a maior bancada no Senado e o PT a segunda. O que dará a base de sustentação para a Dilma [Rousseff, candidata a presidente pelo PT] é essa bancada", afirmou Picciani.

LULA E DILMA
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a candidata Dilma Rousseff, porém, apoiam Lindberg e Crivella. Eles não gravaram depoimento para Picciani, que tem feito sua campanha baseada no apoio de Cabral.
A decisão de aproximar as duas campanhas foi articulada pelo governador, pelo senador Francisco Dornelles (PP) e pelo prefeito Eduardo Paes (PMDB). O vice-governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), que faz o corpo a corpo por Cabral, iniciou as conversas com Lindberg em campanha no interior.


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