São Paulo, segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

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Orçamento e atuação nacional explicam cobiça política

DE SÃO PAULO

Orçamento de R$ 4,7 bilhões, linha direta com prefeituras e presença em todos os cantos do país são fatores que fazem da Funasa sonho de consumo dos políticos e explicam a guerra para comandá-la no governo Dilma.
"É um órgão muito importante por causa da sua capilaridade social. São mais de 5.000 municípios atendidos", enumera o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN).
Há duas semanas, ele teve um bate-boca ríspido com o ministro Alexandre Padilha (Saúde), que manifestou a intenção de transferir o controle da Funasa para o PT.
O vice-presidente Michel Temer e o ministro Antonio Palocci (Casa Civil) tiveram que intervir, e os dois selaram a trégua num encontro na quarta-feira passada.
"Tivemos um curto-circuito inicial. Foi um episódio lamentável, mas já restabelecemos a confiança", diz Alves. Segundo ele, Padilha se comprometeu a informá-lo previamente de qualquer mudança no órgão.
Os peemedebistas reclamam que o PT já assumiu a Secretaria de Atenção à Saúde e, nos bastidores, ameaçam dificultar a vida de Dilma no Congresso se perderem o comando da Funasa.
O partido apoia a permanência do presidente Faustino Lins. Sua lista de padrinhos inclui os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e Eunício Oliveira (PMDB-CE).
Do outro lado, os petistas evocam os escândalos recentes como argumento para tomar o controle do órgão.
Alves ainda guarda mágoas da briga com o ex-ministro Temporão, que também era do PMDB: "Ele acusou sem provas e não conseguiu confirmar o que disse".
Temporão está de férias e não foi localizado.
A Funasa atua nas áreas de saúde indígena e saneamento básico. Toca de obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) a ações de combate à dengue.


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