São Paulo, quarta-feira, 17 de agosto de 2011

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Planalto promete R$ 1,7 bi em emendas para agradar à base

Dilma manda acelerar pagamentos, e líder do PMDB na Câmara promete apoiar sua candidatura à reeleição

Presidente avisa que dará mais atenção a parlamentares; meta é evitar retaliação em votações importantes

MARIA CLARA CABRAL
DE BRASÍLIA

Com o objetivo de evitar derrotas no Congresso, a presidente Dilma Rousseff prometeu a aliados acelerar a liberação de R$ 1,7 bi em emendas parlamentares.
Em almoço ontem com líderes da base, a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) afirmou que o governo vai liberar até setembro cerca de R$ 700 milhões dos chamados restos a pagar.
O valor se refere a emendas a orçamentos de anos anteriores que ainda não foram pagas pela União.
A ministra prometeu ainda o empenho (promessa de gastar) de cerca de R$ 1 bilhão dos R$ 7 bilhões previstos em novas emendas.
O afago também chegará aos novos deputados, que terão direito, cada um, a cerca de R$ 1 milhão em emendas.
Além de acelerar a liberação de recursos, Dilma avisou que adotará a estratégia de, junto com o vice-presidente Michel Temer, participar mais ativamente das conversas com os líderes dos principais partidos.
A aproximação teve início na noite de anteontem, em um encontro com o PT e PMDB. Ontem à noite, foi a vez de PSB, PDT e PC do B "Dilma está gostando tanto da articulação política que agora faz reunião até as 23h com políticos", disse Ideli ao sair do encontro.
Amanhã será a vez do PSD, partido a ser criado pelo prefeito Gilberto Kassab.
Para agradar a deputados, Ideli despachou ontem no gabinete do líder do governo, Cândido Vaccarezza (PT-SP), e não do Planalto.
A mudança de atitude ocorre após a base aliada paralisar as votações na Câmara na semana passada.
"Esse é um período novo do governo. Pelo que eu vi e ouvi ontem [anteontem], a Dilma já é a minha candidata à reeleição em 2014", disse o líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN), um dos comandantes da "rebelião" da semana passada.
Outros líderes aliados, porém, preferem esperar para ver. Ontem, mais uma vez, a Câmara não votou nada no plenário. "Pode escrever que é operação padrão", disse Jovair Arantes (PTB-GO).


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