São Paulo, quarta-feira, 17 de novembro de 2010

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TODA MÍDIA

NELSON DE SÁ nelsonsa@uol.com.br

O fim do domínio ocidental

De Xian, "capital do império chinês", Martin Wolf blogou ontem no "Financial Times" que "estamos vendo o fim de séculos de domínio ocidental". Dá as datas: em 2014 a China passa os EUA, em paridade de poder de compra, e no fim da década terá PIB maior. "A transição ocorre ainda mais rapidamente do que o Goldman Sachs previu no célebre relatório dos Brics (Brasil, Rússia, Índia e China)."
O colunista arrisca que os EUA deverão manter a superioridade tecnológica e militar e maior influência cultural e política. Prevê "grandes atritos". No título, "Ascensão da China será pacífica?".

 


A transição é lenta nos órgãos multilaterais. "Times of India" e "Hindu" destacaram ontem que, "apenas uma semana após endossar a Índia para o Conselho de Segurança", o Departamento de Estado avisou que a reforma não sai "tão cedo".
E em editorial o "FT" anota que o apoio dos EUA à Índia e do Reino Unido ao Brasil foi só "meio barato" de melhorar relações. O "anacronismo" prossegue -e, citando o G20, "é mais provável que o Conselho seja ultrapassado do que reformado".

MAIOR QUE A EXXON
guardian.co.uk
A "Forbes" entrevistou o diretor financeiro da Petrobras e postou o enunciado "Nós seremos maiores que a Exxon em 2020". E no "Guardian", página inteira, "Homens de petróleo do Brasil destinados a dominar". Avalia que a Petrobras alcançará 5,4 milhões de barris/dia nesta década, "a maior produção entre todas as companhias abertas do mundo"

Petróleo cubano
O "New York Times" noticiou que, seguindo empresas de Noruega, Venezuela, Índia e Brasil, a gigante russa Gazprom vai prospectar petróleo "nas águas cubanas".

Venezuela-China
E o "Valor" deu na capa que a "Venezuela troca os EUA pela China no petróleo". O país sinaliza vender suas refinarias nos EUA, que compram metade da produção.

LULA NA ÁFRICA
cnn.com
Na CNN, as viagens de Lula à África, levando empresas No rastro da passagem de Lula por Moçambique, a CNN fez longa reportagem sobre os investimentos das empresas brasileiras na África, destacando a mineração da Vale no oeste moçambicano, além de Petrobras e Odebrecht.
"O grande empurrão para investir no continente vem do topo, com Lula prometendo pagar a dívida histórica que o Brasil tem com a África pelo tráfico de escravos", diz o correspondente. Sublinha que "em Moçambique alguns estão preocupados" -e ouve de jornalista local que os recursos naturais devem ser resguardados em parte "para futuras gerações".
Na imprensa africana, o moçambicano "O País" e o sul-africano "Mail & Guardian" noticiavam ontem que as empresas brasileiras, mencionando também a Camargo Corrêa, devem investir US$ 500 milhões em Moçambique.

"A BATALHA DO RIO"
Hughes Lèglise-Bataille/theatlantic.com
Na "Atlantic", a polícia sobe os morros do Rio "como um exército de ocupação" A edição de novembro da revista americana "The Atlantic", referência progressista no país, publica a longa reportagem "A batalha do Rio", sobre a "invasão de favelas" pela polícia do Rio em preparação para os Jogos de 2016. Acompanha o Bope em operações mortais pelos morros cariocas, com destaque para o Caveirão, "The Skull", sem menção às UPPs.
Por outro lado, a mesma "Atlantic", dias antes, defendeu o Bolsa Família como "Uma ideia óbvia que arrisca dar certo: dar dinheiro aos pobres".

Leia mais, pela manhã, em www.todamidia.folha.blog.uol.com.br


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