São Paulo, segunda-feira, 18 de julho de 2011

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FOCO

Em acampamento católico, governador de SP canta e reza

ANNA VIRGINIA BALLOUSSIER
ENVIADA A CACHOEIRA PAULISTA (SP)

Nos anos 70, o político em começo de carreira, filho de católico fervoroso, conheceu "a pequena rádio, com um grupo de jovens que já se dedicavam à evangelização".
Já como governador do Estado de São Paulo exercendo seu terceiro mandato, Geraldo Alckmin (PSDB) retornou no sábado à sede da Canção Nova, fortaleza católica ligada à Renovação Carismática que, desde então, sofreu uma espécie de "milagre da multiplicação".
Fincado em Cachoeira Paulista (212 km de São Paulo), vizinha a Pindamonhangaba natal de Alckmin, o movimento possui rádio, TV e um templo com capacidade para 70 mil pessoas.
Foi nesse espaço quase cheio que, na tarde de anteontem, o tucano chegou de helicóptero especialmente para uma missa celebrada por dom Eduardo Pinheiro, com a presença do padre Jonas Abib, fundador da Canção Nova.

CELEBRAÇÃO
De braços para o ar e com letras evangelizadoras na ponta da língua, Alckmin prestigiou o que mais tarde definiu como "trabalho belíssimo que a Canção Nova faz levando a palavra de Deus".
A missa aconteceu durante o PHN ("Por Hoje Não"), superacampamento anual onde se pregou a abstenção de sexo e drogas entre as 150 mil pessoas (a maioria adolescentes) esperadas de quarta a ontem.
A linguagem, típica da ala carismática da igreja, é embalada para o público jovem -que absorve a pregação por meio do "hip-hop da santidade" e dos "MCs de Cristo", por exemplo.
Apresentado às novas gerações no palco, Alckmin foi ríspido ao responder se, na próxima eleição, há expectativa de contaminação religiosa no debate político, como ocorreu em 2010. Segundo ele, religião e política "são coisas diferentes".
Ontem, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, também esteve presente no encontro religioso.


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