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Receita investiga dez servidores no caso EJ
Funcionários são suspeitos de acessar de forma ilegal o sigilo fiscal do vice-presidente tucano Eduardo Jorge
Todos os envolvidos, segundo advogado que acompanha suspeita
na sindicância, são de agência em Mauá (SP)
ANDRÉA MICHAEL
DE SÃO PAULO
Na busca por descobrir
quem violou indevidamente
o sigilo fiscal do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, a Corregedoria da Receita
Federal investiga dez servidores do fisco da agência do
órgão em Mauá.
A informação é do advogado Marcelo Panzardi, que, na
sindicância instaurada sobre
o caso, acompanha a servidora Addeilda dos Santos.
"São dez servidores, todos
da agência de Mauá", disse
Panzardi à Folha.
Addeilda pertence aos
quadros do Serpro (serviço
de processamento de dados
do governo federal), mas
atua na estrutura da Receita.
Também entre os investigados está Ana Maria Caroto
Cano, outra funcionária do
Serpro cedida ao escritório
da Receita em Mauá.
Ambas são subordinadas
à servidora do fisco Antonia
Aparecida dos Santos Neves
Silva, dona da senha que ficou registrada nos sistemas
da Receita por ter acessado
os dados de EJ. Para a Corregedoria, esse acesso não teria
justificativa legal.
Todos os dez já foram ouvidos. Em depoimento, Addeilda e Ana Maria disseram que
havia cessão de senha de um
funcionário para outro para
facilitar a rotina de trabalho.
As declarações convergem
com o que Antonia já alegou.
Addeilda está licenciada
por ordem da Corregedoria,
segundo seu advogado. No
escritório da Receita, em
Santo André, para onde os
funcionários de Mauá foram
temporariamente transferidos por conta de uma reforma, um servidor informou
que Ana Maria está em férias.
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