São Paulo, quinta-feira, 18 de agosto de 2011

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Assembleia de SP apura suspeita de desvio em TV

Fundação teria recebido por boletins que não fez

DE CAMPINAS
DE SÃO PAULO


Deputados da Assembleia Legislativa de São Paulo afirmam que a Casa pagou cerca de R$ 4,4 milhões à Fundação Padre Anchieta, que operou a TV Assembleia até fevereiro último, para a exibição de boletins informativos que de fato nunca foram feitos.
Ontem, a cúpula da Assembleia decidiu "suspender temporariamente a realização" dos informes e abrir sindicância para apurar o caso.
Por conta do ocorrido, noticiado pelo jornal "O Estado de S. Paulo", o diretor de Comunicação Social da Casa, Antonio Denardi, pediu afastamento do cargo.
A Fundação Padre Anchieta respondeu pela produção da TV Assembleia por quatro anos. Segundo os parlamentares, foi feito um aditivo no contrato feito em 2009, para que as inserções com informes das atividades de todos os parlamentares passassem a integrar a programação.
O questionamento sobre a execução do serviço foi feito pelo deputado Major Olímpio (PDT-SP).
"Constam na relação oito inserções minhas, seis em setembro, mas não tive conhecimento de nenhuma", disse.
Procurados pela reportagem, deputados do PSDB e do PT também negaram participação nos boletins.
Procurada pela Folha na segunda-feira, a Padre Anchieta disse que "todos os 94 representantes foram comunicados e convidados a participar [das inserções]. A TV executou as gravações solicitadas", afirmou a entidade.
Segundo a fundação, foram veiculados 2.350 boletins informativos.
Major Olímpio questionou o número e disse que moverá uma queixa-crime. (MARÍLIA ROCHA DANIELA LIMA)

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