São Paulo, domingo, 18 de setembro de 2011

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mercado em cima da hora

Cliente já encontra carro mais caro na loja

Movimento em concessionárias sobe com IPI maior para importados

Donos de lojas se dizem apreensivos com a perspectiva de aumento do preço dos carros nas próximas semanas

MARIANA BARBOSA
DE SÃO PAULO

Na tentativa de inibir a demanda neste final de semana por conta da perspectiva de aumento do IPI para carros importados, anunciado na quinta-feira pelo governo, descontos que eram praticados até três dias atrás desapareceram.
O novo Veloster, da Hyundai, que acaba de chegar ao mercado nacional, já está cerca de R$ 2 mil mais caro do que o preço praticado na pré-venda. O modelo top agora sai por R$ 77,9 mil.
As vendas nas concessionárias Hyundai nesta sexta e ontem foram 70% maiores que o normal, segundo um vendedor que não quis se identificar.
O médico Carlos Gun, que já tinha dado sinal para garantir o seu Veloster na pré-venda, correu para uma loja para concluir a compra antes do aumento do IPI.
"Se tiver que pagar mais 28% de imposto eu desisto da compra", disse.
Da popular chinesa Chery à alemã de luxo BMW, o clima no sábado era de pouca euforia com a repentina alta nas vendas e muita apreensão com relação ao futuro.
"O que eu costumo vender normalmente em uma semana devo vender neste final de semana", disse Robson Costa, gerente da Chery Pequin na Freguesia do Ó. Costa esperava vender de 20 a 30 carros neste final de semana, contra uma média de 6 a 8.
"Nós [importados] temos uma participação muito pequena. Se o pátio das nacionais está cheio, é por conta dos preços que eles praticam", afirmou Costa, que teme uma retração nas vendas a partir de segunda-feira.
Na BMW Osten, a expectativa era de aumento de vendas de 10% a 15% entre sexta e sábado, com tabela cheia. Até a última quinta-feira, a concessionária estava praticando descontos de 1% a 2% para estimular a demanda.
O aumento do IPI, de até 30 pontos porcentuais, atinge carros importados por empresas sem fábricas no país. Para não pagar imposto, é preciso que pelo menos 65% da produção da montadora tenha origem no Brasil, Mercosul ou México.


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