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Líderes defendem que bingo financie saúde
DE BRASÍLIA
Líderes da base do governo no Congresso discutem
propor que a criação de um
novo imposto para financiar
a saúde seja substituída pela
aprovação do projeto de lei
que legaliza os bingos.
A Folha apurou que a solução, apesar de polêmica, é
mais palatável para a maioria dos líderes do que a criação do novo imposto.
O tema foi levantado ontem em reunião do Conselho
Político da Presidência da
República, diante dos ministros Paulo Bernardo (Planejamento) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais).
Os porta-vozes da proposta na reunião foram os deputados Paulo Pereira da Silva
(PDT) e Sandro Mabel (PR). O
líder do PTB, Jovair Arantes,
também defende a legalização dos bingos.
PDT, PR e PTB já foram
apoiados em campanhas
eleitorais pelo setor de jogos.
Segundo Mabel, a liberação dos bingos, proibidos
desde 2004, geraria uma receita anual de R$ 7 bilhões. Já
a CSS (Contribuição Social
para a Saúde) -na prática, o
retorno da CPMF- garantiria
R$ 15 bilhões anuais.
"Acho que nós tínhamos
que pegar essa receita e colocar ela inteirinha destinada à
saúde. Nós já daríamos uma
acertada na saúde sem carga
tributária extra", disse Mabel. "Acho que a Câmara poderia dar isso de presente para o país", afirmou.
Após a reunião, Padilha
minimizou a proposta. Disse
que ela pode ser debatida,
mas que a prioridade é votar
projetos de "maior consenso". Contudo, admitiu que o
tema pode ser discutido no
próximo governo.
"Esse é um tema a ser debatido, não tem consenso
nem entre os partidos da base. O fato de não ter consenso
não significa que a gente não
tenha que debatê-los", afirmou o ministro.
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