São Paulo, quinta-feira, 18 de novembro de 2010

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Líderes defendem que bingo financie saúde

DE BRASÍLIA

Líderes da base do governo no Congresso discutem propor que a criação de um novo imposto para financiar a saúde seja substituída pela aprovação do projeto de lei que legaliza os bingos.
A Folha apurou que a solução, apesar de polêmica, é mais palatável para a maioria dos líderes do que a criação do novo imposto.
O tema foi levantado ontem em reunião do Conselho Político da Presidência da República, diante dos ministros Paulo Bernardo (Planejamento) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais).
Os porta-vozes da proposta na reunião foram os deputados Paulo Pereira da Silva (PDT) e Sandro Mabel (PR). O líder do PTB, Jovair Arantes, também defende a legalização dos bingos.
PDT, PR e PTB já foram apoiados em campanhas eleitorais pelo setor de jogos.
Segundo Mabel, a liberação dos bingos, proibidos desde 2004, geraria uma receita anual de R$ 7 bilhões. Já a CSS (Contribuição Social para a Saúde) -na prática, o retorno da CPMF- garantiria R$ 15 bilhões anuais.
"Acho que nós tínhamos que pegar essa receita e colocar ela inteirinha destinada à saúde. Nós já daríamos uma acertada na saúde sem carga tributária extra", disse Mabel. "Acho que a Câmara poderia dar isso de presente para o país", afirmou.
Após a reunião, Padilha minimizou a proposta. Disse que ela pode ser debatida, mas que a prioridade é votar projetos de "maior consenso". Contudo, admitiu que o tema pode ser discutido no próximo governo.
"Esse é um tema a ser debatido, não tem consenso nem entre os partidos da base. O fato de não ter consenso não significa que a gente não tenha que debatê-los", afirmou o ministro.


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