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JUSTIÇA
Corregedoria investiga "excessos" de promotor em ação contra Tiririca
DE SÃO PAULO - A Corregedoria
do Ministério Público de São
Paulo abriu uma investigação
para apurar eventuais excessos do promotor Maurício Antonio Lopes na condução do
processo contra o deputado
eleito Francisco Everardo Oliveira Silva (PR-SP), o Tiririca.
A apuração é resultado de
uma representação do CNMP
(Conselho Nacional do Ministério Público), órgão de controle externo das atividades do
Ministério Público.
Segundo o conselheiro do
CNMP Bruno Dantas, autor da
representação contra o promotor, Lopes realizou "manifestações públicas inadequadas,
exageradas e preconceituosas" contra o humorista.
Para Dantas, Lopes "optou
pela desmoralização pública
do candidato eleito, em vez de
pautar sua atuação na técnica
processual, como faz a maioria dos membros do Ministério
Público que não depende dos
holofotes".
A representação teve como
fundamento entrevistas concedidas pelo promotor nas
quais ele classifica o caso como "questão de honra" e afirma que a eleição de Tiririca foi
um "estelionato eleitoral".
Ontem Lopes afirmou que
só iria se manifestar a respeito
do caso após ser comunicado
oficialmente sobre a representação.
O promotor pediu anteontem ao TRE (Tribunal Regional
Eleitoral) de São Paulo a realização de um novo teste de alfabetização na ação penal contra o humorista. O requerimento deve ser julgado hoje
pelo tribunal.
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