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Aumenta a confiança na Igreja Católica
Segundo indicador da FGV, partidos políticos estão em último lugar em ranking de credibilidade das instituições
Principal objeto do estudo, Poder Judiciário fica na oitava posição entre as dez instituições que foram consideradas
UIRÁ MACHADO
DE SÃO PAULO
A Igreja Católica passou do
sétimo para o segundo lugar
no ranking de confiança das
instituições, que compõe a
base de dados do ICJBrasil
(Índice de Confiança na Justiça), produzido pela Escola de
Direito de São Paulo da FGV.
A confiança da população
na Igreja Católica aumentou
60% no terceiro trimestre
deste ano em comparação
com os três meses anteriores,
passando de 34% para 54%.
No mesmo período, a confiança nos partidos políticos
-que eram e continuam sendo os últimos colocados no
ranking- caiu cerca de 60%,
passando de 21% para 8%.
Segundo Luciana Gross,
professora de ciência política
da FGV e coordenadora do
estudo, não é possível dizer
com certeza que o crescimento da confiança na igreja está
diretamente relacionado
com o processo eleitoral.
Por um lado, diz ela, a coleta de dados terminou em
setembro -antes do momento em que o tema do aborto
dominou a pauta política.
Por outro lado, havia nos
três meses anteriores acusações de pedofilia contra padres, o que pode ter abalado
a confiança na igreja.
"O fato é que a Igreja Católica despontou como um ator
capaz de pautar a discussão
às vésperas do primeiro turno, pouco depois de termos
captado o aumento da confiança. O próximo índice poderá confirmar a relação com
a eleição", diz Gross.
A posição do Judiciário
-principal objeto do estudo- ficou estável, em oitavo
lugar entre dez instituições,
com 33%.
"O estudo mostra que 41%
das pessoas já recorreram ao
Judiciário e que 61% já consultaram um advogado. Entre estes, 30% acessaram a
Defensoria Pública. O que é
interessante é que parece haver uma nova cartografia do
acesso judicial", diz Gross.
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