São Paulo, quinta-feira, 19 de agosto de 2010

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Web é livre, mas candidatos exigem regras

DE SÃO PAULO

Apesar de uma lei de 2009 ter liberado totalmente a internet para debates eleitorais, os candidatos a presidente quiseram regras restritivas para fazer o primeiro encontro na web. Foi o que se passou na longa negociação entre a Folha, o UOL e os representantes das campanhas de Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB) e Marina Silva.
Depois de quase seis meses de conversas e reuniões, ficou decidido que todos teriam tempos exatos para perguntar, responder, replicar e treplicar. Os candidatos, por meio de seus assessores, não aceitaram que os jornalistas da Folha e do UOL comentassem as respostas -para explicitar quando alguém se esquivasse de responder a algum questionamento
Embora o debate tenha sido realizado num teatro com quase 700 lugares, os candidatos também impuseram um número máximo de 150 de assinantes da Folha e do UOL. Outra negativa dos três políticos foi sobre a transmissão. Como se tratava de um evento na internet, a ideia era ter, adicionalmente à tela principal, outras três telas menores mostrando o tempo todo as imagens de cada um dos candidatos.
O debate estava programado para ter duas horas e meia de duração. Os candidatos quiseram cortar para duas horas. Optaram então por reduzir para apenas três o número de perguntas dos jornalistas no bloco final. Por causa de restrição de tempo, os repórteres ficaram também proibidos de replicar após as respostas dos candidatos.


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