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Web é livre, mas candidatos exigem regras
DE SÃO PAULO
Apesar de uma lei de 2009
ter liberado totalmente a internet para debates eleitorais, os candidatos a presidente quiseram regras restritivas para fazer o primeiro
encontro na web. Foi o que se
passou na longa negociação
entre a Folha, o UOL e os representantes das campanhas
de Dilma Rousseff (PT), José
Serra (PSDB) e Marina Silva.
Depois de quase seis meses de conversas e reuniões,
ficou decidido que todos teriam tempos exatos para perguntar, responder, replicar e
treplicar. Os candidatos, por
meio de seus assessores, não
aceitaram que os jornalistas
da Folha e do UOL comentassem as respostas -para explicitar quando alguém se esquivasse de responder a algum questionamento
Embora o debate tenha sido realizado num teatro com
quase 700 lugares, os candidatos também impuseram
um número máximo de 150
de assinantes da Folha e do
UOL. Outra negativa dos três
políticos foi sobre a transmissão. Como se tratava de um
evento na internet, a ideia
era ter, adicionalmente à tela
principal, outras três telas
menores mostrando o tempo
todo as imagens de cada um
dos candidatos.
O debate estava programado para ter duas horas e meia
de duração. Os candidatos
quiseram cortar para duas
horas. Optaram então por reduzir para apenas três o número de perguntas dos jornalistas no bloco final. Por causa de restrição de tempo, os
repórteres ficaram também
proibidos de replicar após as
respostas dos candidatos.
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