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Estudantes, militantes gays e grevistas fazem protestos
DE SÃO PAULO
Palco de protestos pela redemocratização na época da
ditadura e de produções teatrais históricas, o Tuca, teatro
da PUC onde ocorreu o debate Folha/UOL, foi cenário de
manifestações contra os três
candidatos do lado de fora.
Na chegada, Dilma Rousseff (PT) foi cercada por estudantes. Sabrina Mertens, 18,
a chamou de "terrorista" e
conseguiu entregar à candidata uma cópia de uma ficha
sem autenticidade comprovada com referências a sua
atuação durante a ditadura.
Dilma reagiu com calma,
pegou o papel das mãos da
estudante, o dobrou e seguiu
seu caminho.
"Se ela respondeu a acusações, acho que eu tenho o direito de saber por que", justificou a estudante.
O candidato do PSDB também foi alvo de ataques. José
Serra foi chamado de "fascista" pelos universitários.
Para constranger o ex-governador, um grupo de grevistas do Judiciário paulista,
em paralisação há 113 dias,
ocupou a saída do teatro e se
juntou aos estudantes.
Os servidores entoaram
palavras de ordem contra
Serra e ostentaram a foto e o
número de campanha de Dilma. Os dois candidatos ignoraram os ataques.
Na saída do debate, o carro
de Dilma foi cercado. Universitários chegaram a sentar
em frente ao veículo para evitar que ele se movimentasse.
Seguranças e manifestantes trocaram empurrões. Depois de sete minutos de negociação, ela conseguiu sair.
Avisado do piquete montado pelos grevistas do Judiciário, Serra deixou o teatro
por uma saída alternativa.
Já Marina Silva viu uma
bandeira símbolo do movimento gay ser jogada dentro
do veículo em que estava.
A candidata foi interrogada sobre apoio ao casamento
entre pessoas do mesmo sexo -tema já rechaçado por
ela- e defendeu o direito à
herança e plano de saúde
conjunto. "Esse é o limite da
minha convicção", ressaltou.
Outro alvo, o deputado federal Paulo Maluf (PP) foi recepcionado aos gritos de "safado" e "ladrão", mas seguiu
como se não ouvisse.
Netinho de Paula, candidato ao Senado pelo PCdoB,
não escapou. Foi chamado
de "vergonha para os comunistas" pelos universitários.
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