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OUTRO LADO
Viagem é missão, não prêmio, diz igreja
Universal afirma que idas a Israel são "curtas" e "cansativas", para levar pedidos de oração de fiéis a locais sagrados
DE BRASÍLIA
A Igreja Universal disse,
por meio de sua assessoria de
imprensa, que é "termo preconceituoso" chamar de premiação as viagens a Israel
destinadas a seus pastores.
"A viagem para Israel não
é considerada uma premiação e sim uma missão religiosa almejada por cristãos
evangélicos de todo o mundo. Entre os 15 mil pastores
da Igreja Universal do Reino
de Deus que atuam no Brasil
isso não é diferente."
"A missão religiosa na
Iurd, entre outras peregrinações, consiste em levar pedidos de oração dos fiéis a lugares sagrados, como o Monte Carmelo, a Muralha de Jerusalém e o alto do Monte Sinai, por exemplo, uma árdua
e esgotante escalada de mais
de 2.000 metros a pé."
Segundo a igreja, são viagens "cansativas e curtas, de
quatro, cinco dias, no máximo, em que, quase sempre,
consome-se mais tempo em
deslocamentos aéreos do
que nos locais em que são
realizadas orações".
Sobre o controle do fluxo
de arrecadação de dízimos, a
Iurd disse tratar-se de "procedimento interno".
A respeito de a igreja estipular, mas não limitar, o valor dos dízimos, a assessoria
informou que a Universal
"possui como doutrina a Teologia da Prosperidade. Ou seja, acredita na intervenção
divina também para o bem-estar material do homem. Os
frequentadores da Iurd têm
liberdade absoluta para fazerem ou não doações financeiras e da maneira como entenderem correta".
Para a assessoria da igreja,
"o exercício de fé pregado pelos pastores da Iurd tem como único fundamento a prática dos ensinamentos da Bíblia. Ou seja, se as pessoas
contribuem cada vez mais, é
porque simplesmente elas
recebem cada vez mais".
A assessoria também criticou a Folha. "Mais uma vez,
a Folha de S. Paulo usa expressões e frases fora do seu
contexto original para atacar
a Iurd, seus líderes e mais de
13 milhões de fiéis em todo o
Brasil. Ao explorar trechos
maldosamente pinçados de
uma pregação de três horas
de duração, o jornal adota
uma postura radical e inadmissível de preconceito religioso."
(RV)
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