São Paulo, domingo, 20 de junho de 2010

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OUTRO LADO

Viagem é missão, não prêmio, diz igreja

Universal afirma que idas a Israel são "curtas" e "cansativas", para levar pedidos de oração de fiéis a locais sagrados

DE BRASÍLIA

A Igreja Universal disse, por meio de sua assessoria de imprensa, que é "termo preconceituoso" chamar de premiação as viagens a Israel destinadas a seus pastores.
"A viagem para Israel não é considerada uma premiação e sim uma missão religiosa almejada por cristãos evangélicos de todo o mundo. Entre os 15 mil pastores da Igreja Universal do Reino de Deus que atuam no Brasil isso não é diferente."
"A missão religiosa na Iurd, entre outras peregrinações, consiste em levar pedidos de oração dos fiéis a lugares sagrados, como o Monte Carmelo, a Muralha de Jerusalém e o alto do Monte Sinai, por exemplo, uma árdua e esgotante escalada de mais de 2.000 metros a pé."
Segundo a igreja, são viagens "cansativas e curtas, de quatro, cinco dias, no máximo, em que, quase sempre, consome-se mais tempo em deslocamentos aéreos do que nos locais em que são realizadas orações".
Sobre o controle do fluxo de arrecadação de dízimos, a Iurd disse tratar-se de "procedimento interno".
A respeito de a igreja estipular, mas não limitar, o valor dos dízimos, a assessoria informou que a Universal "possui como doutrina a Teologia da Prosperidade. Ou seja, acredita na intervenção divina também para o bem-estar material do homem. Os frequentadores da Iurd têm liberdade absoluta para fazerem ou não doações financeiras e da maneira como entenderem correta".
Para a assessoria da igreja, "o exercício de fé pregado pelos pastores da Iurd tem como único fundamento a prática dos ensinamentos da Bíblia. Ou seja, se as pessoas contribuem cada vez mais, é porque simplesmente elas recebem cada vez mais".
A assessoria também criticou a Folha. "Mais uma vez, a Folha de S. Paulo usa expressões e frases fora do seu contexto original para atacar a Iurd, seus líderes e mais de 13 milhões de fiéis em todo o Brasil. Ao explorar trechos maldosamente pinçados de uma pregação de três horas de duração, o jornal adota uma postura radical e inadmissível de preconceito religioso." (RV)


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