São Paulo, sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

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ANÁLISE

O perigo está no crescimento das despesas sem transparência

ALAN GRIPP
EDITOR-ADJUNTO DE PODER

Por mais que sempre pareça um escândalo, o aumento dos gastos do governo com os cartões corporativos, por si só, não surpreende.
O aumento foi anunciado, em 2007, depois que o governo decidiu tirar de circulação os talões de cheque que bancavam as pequenas despesas de autoridades e servidores e substituí-los pelos cartões de crédito, cujos gastos são divulgados on-line.
Na época, as despesas eram divididas meio a meio entre as duas modalidades de pagamento. Hoje, como só há cartões, os gastos com estes subiram. Questão de matemática elementar.
Na comparação entre 2009 e 2010, há outro dado relevante. Centenas de cartões foram entregues nas mãos dos recenseadores do IBGE. E, como se sabe, o censo não é feito todo ano.
O problema está nos gastos secretos. Estes cresceram quase 29% em 2010 em relação ao ano anterior. São R$ 17,4 milhões dos quais nunca se saberá o destino.
Há nesse bolo gastos com a segurança do presidente. Mas é bom lembrar que cartões da Presidência já foram usados para despesas pessoais, em restaurantes e livrarias, por exemplo.
Foi a partir desta revelação, aliás, que todas as despesas do Planalto foram tornadas secretas.


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