São Paulo, sábado, 21 de maio de 2011

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Caso pode afetar a confiança de investidores estrangeiros no país

ÉRICA FRAGA
DE SÃO PAULO

A crise política atual tem provocado poucos calafrios no mercado financeiro, mas uma eventual saída do ministro Antonio Palocci poderia afetar a confiança de investidores no país.
Desde o governo Lula, Palocci ocupa o posto de favorito de investidores, banqueiros e economistas.
Na administração de Dilma Rousseff, é visto como uma espécie de garantia de que o governo vai tentar avançar na agenda de reformas importantes para melhorar, por exemplo, a infraestrutura do país.
"Palocci é uma espécie de salvaguarda do bom senso no governo. Intervenções como a da Vale já assustaram investidores. Uma saída do ministro poderia ter impacto negativo nas decisões de investimento de longo prazo", disse um banqueiro à Folha.
A opinião é compartilhada por Sérgio Vale, economista da MB Associados.
"Palocci é a ponte para reformas de mais fôlego no Congresso. Em um governo em que o longo prazo já não existia muito, se a situação do ministro se complicar, esse será um governo apenas de curto prazo", avalia.
Apesar dessa percepção, os humores em mesas de operação de bancos e administradoras de recursos na última semana pouco refletiram o impacto da crise.
"Os movimentos do mercado aqui foram muito influenciados, na última semana, por notícias de fora", explica José Francisco Lima Gonçalves, economista-chefe do Banco Fator.
Para os analistas, a menor vulnerabilidade externa do país contribui para diminuir o temor de fuga de recursos por conta da crise política.


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