São Paulo, sábado, 21 de maio de 2011

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Atraso em repasse de verba ameaça projeto de Irmã Dulce

Entidade diz que prefeitura demora a enviar recursos do Ministério da Saúde para trabalho fundado por freira

PEDRO LEAL FONSECA
DE SÃO PAULO

A instituição responsável por gerenciar o trabalho social fundado por Irmã Dulce (1914-1992) afirma que precisa administrar constantes atrasos no recebimento de recursos estatais.
Amanhã, uma missa em Salvador com a presença da presidente Dilma Rousseff celebrará a beatificação de Irmã Dulce.
As Osid (Obras Sociais Irmã Dulce), que administram um hospital e dois postos de saúde em Salvador, sobrevivem com verbas do Fundo Nacional de Saúde.
Os recursos, no entanto, são enviados primeiro à Prefeitura de Salvador, que os repassa à associação. Segundo as Osid, os atrasos nestes repasses ameaçam as 4.000 consultas médicas diárias realizadas nas três unidades.
O superintendente da instituição, José Eduardo Acedo, afirma que os quase R$ 8 milhões relativos às despesas de abril do hospital Santo Antônio -criado por Irmã Dulce em 1949- ainda não foram pagos, embora o Ministério da Saúde já os tenha depositado para a prefeitura.
Para enfrentar o problema no fluxo de caixa, a associação diz que recorre frequentemente a empréstimos bancários, arcando com juros.
Já em relação aos postos de saúde, a administração municipal deixou de pagar cerca de R$ 7 milhões em 2010, conforme Acedo. O valor foi parcelado e agora está sendo pago mensalmente.
Segundo a entidade, os atrasos continuam em 2011. Cerca de R$ 620 mil referentes aos serviços prestados em um dos postos em março, ainda não foram pagos, diz Acedo. A prefeitura nega.

OUTRO LADO
A Secretaria Municipal de Saúde afirmou que os atrasos se devem a um deficit de R$ 6 milhões na verba mensal enviada pelo ministério.
A assessoria disse ainda que o "subfinanciamento" da saúde em Salvador será discutido com o Ministério da Saúde na próxima terça-feira, com a presença de Maria Rita Pontes, presidente das Osid e sobrinha da freira.
Posteriormente, a assessoria de comunicação da secretaria negou os atrasos.
O Ministério da Saúde afirma que a prefeitura tem cinco dias úteis para repassar os recursos aos prestadores de serviço, sob pena de suspensão das transferências. Disse ainda que a verba de abril foi depositada no dia 4 de maio.


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