São Paulo, quinta-feira, 21 de outubro de 2010

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Premiado, repórter diz escrever livro sobre gestão FHC

DE SÃO PAULO

Pivô do escândalo da quebra de sigilos de tucanos, o jornalista Amaury Ribeiro Jr., 47, diz ter reunido 150 documentos para escrever um livro sobre os bastidores do processo de privatizações no governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).
Embora ele afirme que todos os dados recolhidos são legais, as investigações da PF apontam que ele teria pago para ter acesso ao Imposto de Renda de familiares de José Serra (PSDB) e dirigentes tucanos. O jornalista nega ter feito dossiê contra tucanos.
Ribeiro é repórter investigativo premiado, com passagens pela Folha, "O Globo" e "Jornal do Brasil". Hoje trabalha na TV Record.
Há três anos, ele foi baleado num bar no Entorno de Brasília quando apurava uma reportagem sobre homicídios relacionados ao tráfico de drogas na região.
Em 2009, quando foram encomendados os documentos sigilosos, sacados em agências da Receita no ABC paulista, trabalhava no jornal "Estado de Minas" -pediu demissão da empresa no final do ano passado.
De posse de farto material sobre aliados de Serra, que incluía compilados da antiga CPI do Banestado, Ribeiro relatou sua apuração para o amigo e também jornalista Luiz Lanzetta, que à época era responsável pela comunicação da pré-campanha de Dilma Rousseff (PT).
Em abril, Ribeiro participou de uma reunião no restaurante Fritz, em Brasília, com o chamado "grupo de inteligência" da pré-campanha da petista, que incluía um delegado aposentado da PF e dois arapongas.
Na sequência, uma reportagem da revista "Veja" apontou a movimentação do grupo, que seria ligado ao ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel (PT-MG).
Em junho, a Folha revelou que circulou entre o grupo dados sigilosos de Eduardo Jorge Caldas Pereira, vice-presidente do PSDB.


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