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Premiado, repórter diz escrever livro sobre gestão FHC
DE SÃO PAULO
Pivô do escândalo da quebra de sigilos de tucanos, o
jornalista Amaury Ribeiro Jr.,
47, diz ter reunido 150 documentos para escrever um livro sobre os bastidores do
processo de privatizações no
governo Fernando Henrique
Cardoso (1995-2002).
Embora ele afirme que todos os dados recolhidos são
legais, as investigações da PF
apontam que ele teria pago
para ter acesso ao Imposto de
Renda de familiares de José
Serra (PSDB) e dirigentes tucanos. O jornalista nega ter
feito dossiê contra tucanos.
Ribeiro é repórter investigativo premiado, com passagens pela Folha, "O Globo" e
"Jornal do Brasil". Hoje trabalha na TV Record.
Há três anos, ele foi baleado num bar no Entorno de
Brasília quando apurava
uma reportagem sobre homicídios relacionados ao tráfico
de drogas na região.
Em 2009, quando foram
encomendados os documentos sigilosos, sacados em
agências da Receita no ABC
paulista, trabalhava no jornal "Estado de Minas" -pediu demissão da empresa no
final do ano passado.
De posse de farto material
sobre aliados de Serra, que
incluía compilados da antiga
CPI do Banestado, Ribeiro relatou sua apuração para o
amigo e também jornalista
Luiz Lanzetta, que à época
era responsável pela comunicação da pré-campanha de
Dilma Rousseff (PT).
Em abril, Ribeiro participou de uma reunião no restaurante Fritz, em Brasília,
com o chamado "grupo de
inteligência" da pré-campanha da petista, que incluía
um delegado aposentado da
PF e dois arapongas.
Na sequência, uma reportagem da revista "Veja"
apontou a movimentação do
grupo, que seria ligado ao ex-prefeito de Belo Horizonte
Fernando Pimentel (PT-MG).
Em junho, a Folha revelou
que circulou entre o grupo
dados sigilosos de Eduardo
Jorge Caldas Pereira, vice-presidente do PSDB.
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