São Paulo, terça-feira, 22 de março de 2011

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Comissão de Ética da Presidência censura Erenice pela segunda vez

Ex-ministra da Casa Civil é acusada de tráfico de influência

DE BRASÍLIA

A Comissão de Ética Pública da Presidência decidiu ontem, por unanimidade, aplicar censura ética à ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra nas acusações de tráfico de influência.
Na prática, a medida funciona como um reconhecimento de que a ex-ministra teve conduta não condizente com o cargo que ocupava.
A medida não a impede de assumir um cargo público, mas adiciona um aspecto negativo em seu currículo.
A ministra deixou o cargo em setembro do ano passado, durante a campanha eleitoral, após denúncias de tráfico de influência.
Parentes da ex-ministra, que sucedeu a presidente Dilma Rousseff na Casa Civil quando ela deixou o posto para disputar a eleição, teriam intermediado contratos de empresas com entidades ligadas ao governo.
Segundo o relator do caso, Fabio Coutinho, a segunda censura ética -a primeira foi aplicada há 6 meses- mostra que o Estado não considera a conduta compatível com o cargo.
"Funciona como algo desabonador", afirmou o relator. "O que se aplica na comissão é a pedagogia da Ética", destacou Coutinho.
A comissão não pôde detalhar o processo nem a defesa apresentada por Erenice pois os casos correm em segredo.
A ex-ministra da Casa Civil tem 10 dias, a partir da notificação, para pedir à comissão que reconsidere a decisão.


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