São Paulo, sábado, 23 de abril de 2011

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Derrotados em 2010 conquistam cargos com ajuda de aliados

Governistas que ficaram sem mandato se mantêm na vida pública graças a indicações

Aloizio, Ideli e Pimentel ganharam ministério, enquanto Ana Júlia e Hélio Costa esperam vaga para voltar à cena

DE SÃO PAULO

Nomes que transitam pelo cenário político brasileiro há anos, mas não se elegeram em 2010, continuam na vida pública em cargos para os quais foram indicados por correligionários e aliados.
Os petistas Aloizio Mercadante e Ideli Salvatti, que integraram a tropa de choque do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Senado, perderam a disputa aos governos de São Paulo e Santa Catarina, respectivamente.
Com a posse de Dilma Rousseff, ganharam os ministérios da Ciência e Tecnologia e da Pesca.
O ex-governador do Amapá Waldez Góes (PDT), que foi preso numa operação da Polícia Federal no ano passado e acabou derrotado na eleição para o Senado, foi nomeado assessor no gabinete do deputado Sebastião Bala Rocha (PDT-AP).
Ser aliado e ter uma ficha de serviços prestados ao governo não é garantia, no entanto, de bons cargos na gestão Dilma. No PT-MG, por exemplo, há casos opostos.
Enquanto Fernando Pimentel, amigo de juventude de Dilma, virou ministro do Desenvolvimento, seu colega Patrus Ananias, ex-ministro responsável pelo Bolsa Família, voltou para uma vaga de concursado como analista legislativo na Assembleia de Minas.

À PROCURA
Alguns ex-candidatos ainda estão em busca de cargos.
Entre eles, estão a ex-governadora do Pará Ana Júlia Carepa (PT), que tenta presidências de Banco da Amazônia e Sudam, e a ex-senadora Fátima Cleide (PT-RO), que disse ter tentado sem sucesso "algum espaço" no governo.
O ex-governador Iris Rezende (PMDB-GO) também está nessa situação. Ele espera ser nomeado para a Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste, órgão não implementado.
Outros peemedebistas sem cargo são o ex-senador Hélio Costa (PMDB), derrotado para a disputa pelo governo de Minas, e o ex-governador José Maranhão (PMDB), que perdeu na Paraíba.
(SÍLVIA FREIRE, RODRIGO VIZEU e JEAN-PHILIP STRUCK)


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