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PRESIDENTE 40 ELEIÇÕES 2010
50 dias na estrada
Dilma e Serra adotam tática parecida
e priorizam as regiões onde vão pior
RANIER BRAGON
EDUARDO SCOLESE
DE BRASÍLIA
BRENO COSTA
DE SÃO PAULO
Depois de 50 dias de campanha aberta à sucessão de
Luiz Inácio Lula da Silva, o
roteiro de viagens de Dilma
Rousseff (PT) e José Serra
(PSDB) proriza regiões onde
são mais frágeis e ignora
completamente o Norte.
A região, apesar de ocupar
45% do território nacional,
tem apenas 7,3% do eleitorado do país. Apenas a verde
Marina Silva, que é do Acre,
foi à região -e ainda assim,
uma única vez, numa visita a
índios em Roraima.
Os principais pré-candidatos à Presidência cumpriram
nesses 50 dias, juntos, roteiro superior a duas voltas e
meia em torno da circunferência da Terra (108 mil km).
Enquanto Serra e Dilma se
deslocam em jatos executivos bancados pelos respectivos partidos, Marina tem viajado em aviões de carreira.
Enquanto os programas
eleitorais na TV, em horário
nobre, não começam, as viagens cumprem dois propósitos básicos.
O principal é aumentar o
máximo possível o índice de
preferência do eleitorado,
por meio de exposição nas
mídias regionais; o outro é
desatar nós em palanques de
sustentação regionais.
A campanha oficial só começa em 6 de julho, mas Serra, ex-governador de São
Paulo, e Dilma, ex-ministra
da Casa Civil, deixaram seus
cargos no início de abril e se
dedicam exclusivamente à
sucessão desde então.
Na tarefa de eliminar pontos fracos, o tucano, por
exemplo, tem priorizado o
Nordeste, região de histórico
negativo para o PSDB. É onde
Dilma tem seu melhor desempenho, e Serra seu pior,
de acordo com as pesquisas
de intenção de voto.
A petista concentrou 80%
de seus deslocamentos no
Sudeste e no Rio Grande do
Sul, onde ela tem o pior desempenho nas pesquisas.
Em suas viagens, conta, também, com a força do seu
maior cabo eleitoral, o presidente Lula. Até agora, foram
cinco eventos ao lado dele.
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