São Paulo, terça-feira, 23 de novembro de 2010

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Falta de mulheres dificulta escolha para Itamaraty

DE BRASÍLIA

A presidente eleita, Dilma Rousseff, terá uma lista enxuta de opções se decidir, de fato, nomear uma mulher para comandar a política externa brasileira. Apenas um quarto dos diplomatas são mulheres, das quais somente 30 são embaixadoras.
A petista confidenciou a interlocutores que gostaria de indicar uma mulher para o Ministério das Relações Exteriores. Ela revelou também o seu desejo -não meta- de que 30% de sua equipe na Esplanada dos Ministérios seja feminina.
Duas alternativas já circularam com força para suceder Celso Amorim no cargo: o atual secretário-geral, Antonio Patriota, e o embaixador na Itália, José Viegas, ex-ministro da Defesa e ligado a José Dirceu.
Ao menos uma aposta feminina já surgiu na equipe do governo de transição. Amiga da presidente eleita, a embaixadora Regina Maria Dunlop figura hoje como uma das cotadas.
Ela é a número dois da missão brasileira na ONU (Organização das Nações Unidas). Considerada uma diplomata de pouca experiência, nunca chefiou uma missão internacional.

OUTROS NOMES
Há outras cotadas com igual ou mais força na hierarquia. A mulher considerada mais poderosa do Itamaraty é Vera Lúcia Machado, subsecretária-geral de Política, tem 42 de carreira diplomática. Coleciona em seu currículo cargos de peso: embaixadora no Vaticano e em Nova Déli, na Índia.
Vera Lúcia é uma entre duas mulheres a ocupar o primeiro escalão do ministério, formado por 11 gabinetes. A outra subsecretária é Maria Edileuza Reis, que não aparece entre as apostas para se tornar chanceler no governo Dilma Rousseff.
Três nomes adicionais também exibem fortes credenciais para o caro.
Uma das cotadas é Maria Celina de Azevedo Rodrigues, cônsul-geral em Paris. Ela já foi embaixadora do Brasil na Colômbia e junto à União Europeia.
A segunda é Maria Nazareth Farani Azevêdo, ex-chefe de gabinete do ministro Celso Amorim. Maria Nazareth é representante do Brasil na ONU em Genebra, e considerada uma das diplomatas mais experientes.
Atual chefe de gabinete de Amorim, Maria Laura Rocha é uma mulher com influência política. Uma barreira é a falta de experiência como chefe no exterior.
Sua primeira missão em alto cargo será a de representar o Brasil na Unesco, função já aprovada pelo Senado.
No ranking de diplomatas influentes está, ainda, Maria Luiza Viotti, a primeira embaixadora do Brasil na ONU e chefe de Dunlop. Foi Viotti quem representou o Brasil no voto contra as sanções da ONU ao Irã.
(JULIANA ROCHA e NATUZA NERY)


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