São Paulo, quinta-feira, 24 de junho de 2010

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PRESIDENTE 40 ELEIÇÕES 2010

Patrus aceita ser vice do PMDB em Minas

Decisão atende a desejo de Lula e foi tomada em conversa do ex-ministro com Dilma e o candidato Hélio Costa


Ex-ministro, que receia influência de outros petistas na campanha, teria exigido que as decisões passem por ele

MÁRCIO FALCÃO
FERNANDA ODILLA
DE BRASÍLIA

A indefinição sobre a chapa do senador Hélio Costa (PMDB) ao governo de Minas Gerais deve chegar hoje ao fim. O ex-ministro do Desenvolvimento Social Patrus Ananias vai anunciar que aceita ser vice na chapa do peemedebista.
O acordo foi fechado por Patrus numa conversa na noite de anteontem com o presidente do PT, José Eduardo Dutra, com a candidata petista à Presidência, Dilma Rousseff, e o próprio Costa.
Resistente à composição com o PMDB, Patrus, segundo aliados, fez exigências. Obteve o compromisso de que todas as negociações da campanha terão que passar por sua análise.
O receio do ex-ministro, que gerenciou o Bolsa Família -principal bandeira do primeiro mandato do governo Lula-, é que outras lideranças do PT de Minas, como o ex-prefeito Fernando Pimentel, tivessem mais influência na campanha.
Patrus também teria deixado o encontro com a promessa de Costa incluir determinados pontos no programa de governo.
Ficou acertado que o petista dará um telefonema simbólico ao senador aceitando o convite. Após a conversa, Patrus deve anunciar publicamente estar na chapa.
Até a noite de ontem, Patrus estava indeciso se a confirmação seria em Belo Horizonte ou em Bocaiúva (MG), sua cidade natal, a 385 km da capital mineira -onde foi consultar a sua mãe, Maria Tereza Patrus Ananias, 84, sobre a aliança.
Apesar do acordo, os líderes adotaram a discrição. "A tendência é que a união seja fechada", disse Dutra.
Ao aceitar o convite, Patrus segue orientação do presidente Lula, que defendia a união com o PMDB e, nos bastidores, o sacrifício da candidatura do PT no Estado, aprovada em prévias. Na disputa interna, Patrus perdeu para Pimentel, que será candidato ao Senado.
A desistência do PT-MG visa um palanque único a Dilma no segundo maior colégio eleitoral do país, que conta com 14 milhões de votos.


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