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PRESIDENTE 40 ELEIÇÕES 2010
Patrus aceita ser vice do PMDB em Minas
Decisão atende a desejo de Lula e foi tomada em conversa do ex-ministro com Dilma e o candidato Hélio Costa
Ex-ministro, que receia influência de outros petistas na campanha, teria exigido que as decisões passem por ele
MÁRCIO FALCÃO
FERNANDA ODILLA
DE BRASÍLIA
A indefinição sobre a chapa do senador Hélio Costa
(PMDB) ao governo de Minas
Gerais deve chegar hoje ao
fim. O ex-ministro do Desenvolvimento Social Patrus
Ananias vai anunciar que
aceita ser vice na chapa do
peemedebista.
O acordo foi fechado por
Patrus numa conversa na
noite de anteontem com o
presidente do PT, José Eduardo Dutra, com a candidata
petista à Presidência, Dilma
Rousseff, e o próprio Costa.
Resistente à composição
com o PMDB, Patrus, segundo aliados, fez exigências.
Obteve o compromisso de
que todas as negociações da
campanha terão que passar
por sua análise.
O receio do ex-ministro,
que gerenciou o Bolsa Família -principal bandeira do
primeiro mandato do governo Lula-, é que outras lideranças do PT de Minas, como
o ex-prefeito Fernando Pimentel, tivessem mais influência na campanha.
Patrus também teria deixado o encontro com a promessa de Costa incluir determinados pontos no programa de governo.
Ficou acertado que o petista dará um telefonema simbólico ao senador aceitando
o convite. Após a conversa,
Patrus deve anunciar publicamente estar na chapa.
Até a noite de ontem, Patrus estava indeciso se a confirmação seria em Belo Horizonte ou em Bocaiúva (MG),
sua cidade natal, a 385 km da
capital mineira -onde foi
consultar a sua mãe, Maria
Tereza Patrus Ananias, 84,
sobre a aliança.
Apesar do acordo, os líderes adotaram a discrição. "A
tendência é que a união seja
fechada", disse Dutra.
Ao aceitar o convite, Patrus segue orientação do presidente Lula, que defendia a
união com o PMDB e, nos
bastidores, o sacrifício da
candidatura do PT no Estado, aprovada em prévias. Na
disputa interna, Patrus perdeu para Pimentel, que será
candidato ao Senado.
A desistência do PT-MG visa um palanque único a Dilma no segundo maior colégio eleitoral do país, que conta com 14 milhões de votos.
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