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ANÁLISE
Em ampla vantagem, tucano evita superexposição e bola dividida
VERA MAGALHÃES
EDITORA DE PODER
A primeira pesquisa Datafolha realizada em São Paulo
após a oficialização dos candidatos mostra o tucano Geraldo Alckmin no patamar
em que estava na pré-candidatura: em ampla vantagem,
com chance de liquidar a fatura no primeiro turno.
Isso explica a estratégia
adotada por ele no início da
corrida: evitar superexposição, optando por agendas seguras, com público "amigo".
Com raras exceções, o tucano tem ignorado iscas que
Aloizio Mercadante (PT) lança diariamente em sua direção para debater temas como
pedágios, educação e saúde.
O Datafolha também
aponta que a principal tática
de Mercadante -colar sua
imagem à do governo Lula-
pode não ser tão eficaz.
São Paulo é, entre os Estados pesquisados, aquele com
maior percentual de eleitores
que dizem que não votariam
de jeito nenhum em candidato apoiado por Lula: 39%.
O petista pode, no entanto, investir nos que declaram
voto em Dilma Rousseff (30%
dos eleitores do Estado). Ele
herda só 35% desses votos, o
mesmo que Alckmin.
O terceiro colocado, Celso
Russomano (PP), confirma o
perfil popular construído como repórter e deputado e
pesca a maioria de seus 11%
no eleitorado de baixa renda.
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