São Paulo, sexta-feira, 24 de setembro de 2010

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Costa nega envolvimento no escândalo dos Correios

Anastasia afirma que o eleitor mineiro é "livre" para optar pelo "Dilmasia"

Candidatos do PSDB e do PMDB se acusam pela situação ruim das estradas em Minas no debate Folha/RedeTV!

RODRIGO VIZEU
PAULO PEIXOTO

DE BELO HORIZONTE

Candidato do PMDB ao governo de Minas, Hélio Costa se eximiu da responsabilidade pela crise nos Correios e disse que, embora as indicações para a estatal sejam feitas pelo Ministério das Comunicações -comandado por ele até março-, é a Casa Civil que as avaliza.
"Quem faz a indicação é o ministério... que faz a representação política [inaudível] da institucionalidade, e é submetido à Casa Civil", afirmou, em debate Folha/RedeTV! anteontem.
Costa disse não ter responsabilidade pela crise na estatal, que começou com má gestão e se agravou após o envolvimento de diretores em lobby com a ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra.
Ele também afirmou que só indicou o ex-presidente da estatal Carlos Henrique Custódio, demitido por má gestão em julho passado.
"Eu não tenho e não tive nenhuma responsabilidade, muito menos por esses diretores que estão agora, que não foram indicados na minha gestão", disse o ex-ministro das Comunicações.
Costa disse que até mesmo Custódio, indicado por ele, só foi confirmado no cargo após decisão da Casa Civil, na época já chefiada por Dilma Rousseff (PT).
Anastasia disse no debate que o eleitor é "livre" para optar pelo "Dilmasia", voto casado em Dilma e nele.
Ele negou achar que perca votos ao ligar seu nome ao presidenciável José Serra (PSDB), que quase não aparece em sua propaganda, e disse estar fazendo campanha "juntamente" com ele.
Porém, sem citar o "Dilmasia", disse que o eleitor decide sua chapa "conforme suas convicções": "Nós não estamos votando em chapas vinculadas, como na ditadura".
Já Costa, que tem colado sua imagem a Lula e Dilma, disse que a petista será eleita e que é preciso haver uma "afinação" entre ela e o novo governador mineiro.
O momento mais quente entre Costa e Anastasia foi uma troca de críticas sobre a má situação das estradas mineiras. O tucano disse que as vias estaduais têm "excelente qualidade", mas a maioria das federais é muito ruim. Já Costa afirmou que a relação dos governadores tucanos com o governo Lula é difícil.
Os petistas e peemedebistas que acompanharam o debate passaram pelo constrangimento de assistir, nos intervalos, nove inserções da coligação de Anastasia e só uma da aliança PMDB-PT.
A presidenciável Marina Silva (PV) foi a figura nacional mais citada no debate: cinco vezes por José Fernando (PV). Já Dilma, Serra, Lula, Aécio, Fernando Henrique Cardoso e Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) foram citados três vezes cada um.


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