São Paulo, domingo, 24 de outubro de 2010

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OUTRO LADO

Engenheiro e Dersa negam irregularidades

DE SÃO PAULO

O ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza e a estatal afirmam que a obra do Rodoanel não tem irregularidade, argumentam que a mudança contratual em 2007 trouxe vantagens e que foi mantida a qualidade do empreendimento.
Eles dizem que as alterações foram negociadas para seguir um decreto de José Serra de janeiro de 2007 solicitando a reavaliação dos contratos em vigor.
A Dersa e Paulo Preto afirmam que, na ocasião, houve desconto de 4% (R$ 100 milhões) e exigência de manter a qualidade.
Ambos alegam que a elevação dos pagamentos em mais de R$ 264 milhões após dois anos se deu por "fatos supervenientes", com acréscimo de serviços.
O secretário dos Transportes, Mauro Arce, afirma que os apontamentos do TCU (como mudança de projeto e materiais mais baratos) foram solucionados pelo TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) intermediado pelo Ministério Público Federal no ano passado.
Arce diz que isso garantiu a aprovação dos repasses federais pelo TCU (Tribunal de Contas da União).
Dersa e Paulo Preto atribuem a saída de José Carlos Karabolad a uma decisão pessoal e dizem que ele não se manifestou contra a alteração contratual.
Afirmam que a medida foi discutida por toda a diretoria da Dersa desde janeiro de 2007 -não sendo, portanto, uma decisão exclusiva do diretor de engenharia. Paulo Preto é quem assina a mudança ao lado do ex-presidente da estatal paulista.
José Carlos Karabolad e Thomaz de Aquino Nogueira não retornaram as ligações da reportagem.
O consórcio Camargo Corrêa/Serveng diz que obras de grande porte estão sujeitas a ajustes e que os aditivos foram regulares. O Arcosul (da Odebrecht) afirma que problemas citados pelo TCU receberam esclarecimentos.
Os demais consórcios não se manifestaram.


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